Política

Dilma substitui Levy por Nelson Barbosa no Ministério da Fazenda

Michel Faustino | 18/12/2015 16:15
Nelson Barbosa (esq.) com Renan Calheiros: novo titular da Fazenda tem trânsito no PMDB. (Foto: Agência Senado)
Nelson Barbosa (esq.) com Renan Calheiros: novo titular da Fazenda tem trânsito no PMDB. (Foto: Agência Senado)

A presidente Dilma Rousseff (PT) definiu na tarde desta sexta-feira (18) que Nelson Barbosa vai substituir Joaquim Levy no comando do Ministério da Fazenda. A troca agrada o Partido dos Trabalhadores e os desenvolvimentistas.

Até então titular do Ministério do Planejamento, Barbosa travou uma batalha constante com o seu colega da Fazenda durante o segundo mandato de Dilma Rousseff.

Enquanto Levy buscava sempre uma política econômica mais contracionista, Barbosa defendia alguma flexibilidade na meta fiscal (a economia que o governo faz).

Levy sempre quis uma meta fiscal de 0,7% do PIB para 2016. Barbosa defendia algo perto de zero ou uma banda flexível. O Congresso acabou aprovando, com anuência do Planalto, uma meta de 0,5%.

Nesta semana, Ley sofreu uma derrota quando o Congresso Nacional, por meio de um acordo com o governo, reduziu a meta de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – de 0,7% (R$ 43,8 bilhões) para 0,5% (R$ 30,5 bilhões) do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) em 2016. Ele tinha se comprometido com a meta de 0,7% para a União, os estados e os municípios, mas o governo conseguiu reduzir a meta para evitar o corte de R$ 10 bilhões no Bolsa Família para o próximo ano.

Inicialmente, o governo tentou incluir um mecanismo para abater investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e gastos com epidemias e desastres naturais, mas um acordo de líderes na Comissão Mista de Orçamento (CMO) derrubou o dispositivo, que permitiria que o esforço fiscal fosse zerado no próximo ano. Ao ser questionado sobre se a derrubada dessa possibilidade de abatimento representou uma vitória da Fazenda, o ministro disse que o fato demonstrou a independência do Congresso.

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