Política

Deputados são contra novo imposto ou retorno da extinta CPMF

Para parlamentares estaduais, a população não suporta mais aumento na carga tributária no País

Leonardo Rocha | 12/09/2019 12:40
Deputados Lídio Lopes (Patri) e Onevan de Matos (PSDB), durante sessão (Foto: Luciana Nassar/ALMS)
Deputados Lídio Lopes (Patri) e Onevan de Matos (PSDB), durante sessão (Foto: Luciana Nassar/ALMS)

Os deputados estaduais são contra a criação de um novo imposto ou o retorno da extinta CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), em nível nacional, que voltou aos debates nas últimas semanas, já que poderia constar no projeto da reforma tributária.

O assunto inclusive gera divergências entre a equipe do governo federal, tanto que culminou na demissão do demissão do secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), que nega o retorno do imposto.

“A CPMF não tem que voltar, ninguém aguenta mais imposto no Brasil. Sou extremamente contra”, disse o deputado Márcio Fernandes (MDB). Mesma posição de Onevan de Matos (PSDB), que lembrou que a antiga cobrança não cumpriu sua finalidade no passado.

“Naquela época não atingiu o objetivo, tanto que vemos hoje o estado da saúde em todo Brasil, então não tem motivo para voltar”, disse o tucano. Para Lucas de Lima (SD) não é o momento de trazer um “novo imposto” para população, que já sofre com alta carga tributária.

Já Lídio Lopes (Patri) diz que apesar do assunto ter voltado ao debate, acredita que o presidente não vai aceitar o retorno, tanto que houve a demissão do secretário da Caixa Econômica. “O recado foi dado pelo presidente, este retorno não vai acontecer e o assunto perdeu a força”. O parlamentar defende a unificação dos tributos.

Avaliação – Segundo reportagem da Folha de São Paulo, apesar da demissão de Marcos Cintra, o ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda avalia propor a criação de um novo imposto, que seria nos moldes da antiga CPMF.

A matéria diz que Guedes também é defensor desta medida, como forma de compensar a redução de tributos sobre a folha salarial. A equipe do ministro inclusive não teria desistido da ideia e seguirá estudando esta possibilidade, de um imposto sobre as transações financeiras.

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