Política

Deputados discordam de aumento de recursos para partidos em 2015

Leonardo Rocha | 18/03/2015 14:21
Beto Pereira ressaltou que este aumento foi uma vergonha, seguindo em contramão ao que foi pedido nas ruas (Foto: Roberto Higa/ALMS)
Beto Pereira ressaltou que este aumento foi uma vergonha, seguindo em contramão ao que foi pedido nas ruas (Foto: Roberto Higa/ALMS)
Eduardo Rocha ressaltou que a população vai ficar ainda maios insatisfeita com este aumento (Foto: Roberto Higa/ALMS)

Os deputados estaduais discordaram do aumento de R$ 289 milhões para R$ 867 milhões, que triplicou os recursos repassados ao Fundo Partidário, a partir de 2015, no Brasil. Eles disseram que esta ação do Congresso Nacional vai contra os pedidos feitos pela população nas últimas manifestações e protestos populares.

“Este aumento foi fora de tempo, sem propósito, na verdade deveria se diminuir o repasse aos partidos, assim como também reduzir o número legendas no país, que já passam de 30, a população já está revoltada com a classe política e agora vai ficar mais insatisfeita”, disse o deputado Eduardo Rocha (PMDB).

Mesma posição de Beto Pereira (PDT) que chamou este aumento de “vergonhoso”, justamente neste momento difícil na economia e política, em que o país vive. “Se aumenta em mais de 45% o repasse aos partidos, é um ato vergonhoso, como vamos explicar isto para sociedade? Está na contramão do que se pede nas ruas”, ponderou o parlamentar.

Já o deputado Cabo Almi (PT) também ficou com receio sobre este aumento de repasse, mas lembrou que muitas vezes é melhor “controlar o oficial”, do que existir ações escusas. “Diante da insatisfação do povo brasileiro, que exige mudanças, é preciso ter um controle maior do que se gasta, estas ao menos são as despesas autorizadas aos partidos”.

O petista ainda acredita que é preciso “moralizar” este valor, assim como evitar ações de desvio de recursos e ações com ilegalidade. “Temos que estancar esta vergonha que é a corrupção em diversos segmentos”.

O Congresso Nacional aprovou o projeto de Orçamento de 2015, com a alteração no texto original, triplicando o valor ao Fundo Partidário, que é repassado aos partidos de forma proporcional ao tamanho de suas bancadas na Câmara Federal.

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