Política

Deputado quer cobrar Janot sobre dinheiro do acordo de leniência da JBS para MS

Paulo Nonato de Souza e Leonardo Rocha | 12/09/2017 12:04
O deputado estadual Paulo Correa, presidente da CPI. (Foto: Arquivo)
O deputado estadual Paulo Correa, presidente da CPI. (Foto: Arquivo)

O presidente da CPI da JBS na Assembléia Legislativa, deputado Paulo Correa (PR), afirmou nesta terça-feira, 12, que está tentando agendar uma reunião em Brasília com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para cobrar a inclusão de Mato Grosso do Sul como beneficiário do acordo de leniência entre o grupo J&F e o Ministério Público Federal que prevê o pagamento de multa de R$ 10,3 bilhões em 25 anos em troca de a empresa não ser alvo de ações do MPF.

A J&F é a holding que reúne os negócios dos irmãos Joesley e Wesley Batista, incluindo o frigorífico JBS. “Há 20 dias que estamos pedindo uma reunião com o Janot e ele sequer marcou agenda para nos atender. Em Mato Grosso do Sul são várias unidades da JBS e não há previsão de que parte desses R$ 10 bilhões venha para o nosso estado. Queremos falar com o Janot sobre isso”, declarou o parlamentar.

Nesta segunda-feira, 11, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, suspendeu parte do acordo de leniência firmado entre a J&F e o MPF. O magistrado havia validado na semana passada a parte do acordo que prevê eventuais benefícios a funcionários e colaboradores da empresa que não fizeram delação premiada, condicionando a manutenção da leniência ao que o Supremo decidisse sobre as delações.

Ele reavaliou e decidiu suspender essa parte do acordo para que não produza efeitos até uma decisão do Supremo ao considerar que os fatos novos tornados públicos sobre as delações exigiram a reavaliação desse item do acordo de leniência.

O restante do acordo, que prevê pagamento de multa de R$ 10,3 bilhões em 25 anos em troca de a J&F não ser alvo de ações do Ministério Público, segue válido, conforme informações da Procuradoria da República no Distrito Federal.

 

Nos siga no