Política

Deputado que denunciou "rombo" na Previdência revela mais problemas

Nyelder Rodrigues | 04/07/2016 21:34
Para David, argumentação da prefeitura não foi suficiente e ele aponta mais indícios de irregularidade no IMPCG
Para David, argumentação da prefeitura não foi suficiente e ele aponta mais indícios de irregularidade no IMPCG
Prefeitura afirmou que aumento de aposentados causou o rombo (Fotos: Divulgação)

Após denunciar o rombo de cerca de R$ 100 milhões na Previdência Municipal, o deputado estadual Carlos Alberto David dos Santos considerou que as explicações dadas pela prefeitura sobre a situação são "meras bravatas" e que há discrepancias dos valores das tabelas divulgadas em Diário Oficial, gerando suspeitas.

"Em uma análise das receitas e despesas que estão disponíveis no site do IMPCG de 2013 e 2014, é perceptível valores discrepantes. Qualquer leigo poderá fazer a análise e ver que o discurso da nota oficial não subsiste", afirma o deputado, que é pré-candidato à prefeitura da Capital e é ex-comandante da PM (Polícia Militar).

Na tabela que se refere a gestão de 2013 do prefeito Alcides Bernal, pode ser notado que na contribuição do servidor, também de 2013, não existe uma distribuição uniforme. Já no exercício de 2014, o atual gestor é omisso em relação aos atos vice-prefeito, na época prefeito em exercício.

"É notório que os valores são distintos, principalmente nos meses de setembro e outubro, o que desperta indícios de apropriação indébita do dinheiro público, uma vez que a contribuição do servidor em exercício caiu dos patamares de R$ 6 milhões para R$ 348 mil no mês de setembro e R$ 57 mil no mês de outubro", disse o deputado estadual.

Mais indícios - Segundo David, outro fator que incomum está na contribuição patronal, que é superior a contribuição do servidor público, mas que demonstra uma queda a partir de setembro de 2014. "está obscura em relação ao que aconteceu a partir de 2015, até os dias de hoje, uma vez que este relatório não está presente no Portal da Transparência”, salienta.

O deputado acredita ser muito grave o que ocorre na administração pública e por conta disso afirma que é necessário o controle de órgãos MPE (Ministério Público Estadual), TCE (Tribunal de Contas do Estado) e Câmara Municipal para que se apure com a máxima urgência o que está ocorrendo com estas receitas previdenciárias.

"As explicações contidas em notas publicadas nos Diograndes 4579 e 4606, a respeito do assunto, são meras bravatas e não possuem nenhuma técnica e nem resolutividade do grave problema que assola o futuro do servidor público", conclui.

Nos siga no