Política

Deputado precisa da coligação certa para ser eleito

Redação | 23/09/2010 12:56

Os oito deputados federais e 24 estaduais que serão eleitos ou reeleitos no dia 3 de outubro não serão necessariamente os mais votados.

Na divisão das vagas na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa, um candidato muito bem votado acaba ajudando companheiros, às vezes com votações inexpressivas, a garantir vagas no parlamento.

Foi o que aconteceu com Enéas Carneiro, o deputado federal mais votado da história do País que, sozinho, conseguiu votos suficientes para eleger seis deputados em 2002.

Na eleição proporcional, os candidatos dependem de dois cálculos: o quociente eleitoral e o partidário. A conta não é simples.

A Justiça eleitoral explica que para participar da distribuição dos lugares na Câmara dos Deputados e nas Assembléias Legislativas, o partido ou coligação precisa alcançar o quociente eleitoral - resultado da divisão do número de votos válidos (excluídos brancos e nulos), pelo total de cadeiras a serem preenchidas em cada Parlamento.

Após calcular o quociente eleitoral, é realizado o cálculo do quociente partidário, que vai dizer a quantidade de candidatos que cada partido ou coligação vai ter no parlamento.

Para chegar ao quociente partidário, divide-se o número de votos que cada partido ou coligação obteve pelo quociente eleitoral. Quanto mais votos as legendas conseguirem, maior será o número de cargos destinados a elas.

Os cargos são preenchidos pelos candidatos mais votados do partido ou coligação.

Só que a conta quase nunca acaba aí. Quando sobram vagas, mesmo depois de preenchidos os quocientes partidários, é feita um novo cálculo: o de distribuição das sobras.

Para esta distribuição utiliza-se a votação válida de cada partido ou coligação que já conquistou vagas, dividida pelo número de vagas obtidas no quociente partidário, mais um, cabendo ao partido ou coligação que apresentar a maior média uma das vagas a preencher.

Nos siga no Google Notícias