Política

Délia Razuk confirma saída do PMDB para ser candidata a prefeita pelo PR

Vereadora douradense disse que decisão de trocar de partido é irreversível e reclamou da falta de apoio de caciques locais à sua candidatura a deputada, em 2014

Helio de Freitas, de Dourados | 20/11/2015 17:17
Vereadora reclamou de comentário de Geraldo Resende sobre possibilidade de Délia ser vice em sua chapa (Foto: Divulgação)
Vereadora reclamou de comentário de Geraldo Resende sobre possibilidade de Délia ser vice em sua chapa (Foto: Divulgação)

A vereadora Délia Razuk vai deixar o PMDB na janela para mudança de partido, em março de 2016, e se filiar ao PR (Partido da República) para ser candidata à Prefeitura de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. Há sete anos ocupando uma cadeira na Câmara da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, ela reclama de falta de apoio do partido e diz que caciques locais do PMDB sequer apoiaram sua candidatura a deputada estadual, em 2014.

“Não faltou voto na minha campanha para deputada, tanto que fui a candidata mais votada em Dourados. O que faltou foi apoio do meu partido”, afirmou. Délia teve 19.938 votos, a mais votada entre os candidatos não eleitos do PMDB em todo o Estado.

“Já tomei a decisão e só estou esperando a janela para me filiar ao PR. Aceitei o convite da deputada estadual Grazielle Machado e do ex-deputado Londres. Já sou pré-candidata a prefeita pelo PR e após a filiação vamos esperar o período de convenções para confirmar meu nome”, disse ela nesta sexta-feira ao Campo Grande News.

Délia disse que pelo menos mil pessoas de seu grupo político já se filiaram à legenda republicana em ato em que a vereadora participou como convidada. Mulher do ex-deputado estadual Roberto Razuk, Délia já foi presidente da Câmara e ocupou interinamente o cargo de prefeita por quatro meses, após a prisão e renúncia da Ari Artuzi (morto em 2013, de câncer).

Faltou apoio – Além de reclamar de lideranças do PMDB nas eleições do ano passado, quando, segundo ela, outros candidatos a deputado “de fora” tiveram mais apoio do partido em Dourados do que ela própria, Délia Razuk disse que também não recebeu respaldo da legenda para se candidatar à prefeitura na eleição extemporânea realizada em 2011, quando Murilo Zauith (PSB) foi eleito pela primeira vez.

“Na época só o Marçal apoiou meu nome”, disse a vereadora, se referindo ao ex-deputado Marçal Filho, que neste ano deixou o PMDB para se filiar ao PSDB, a convite do governador Reinaldo Azambuja. Em 2011, o PMDB acabou se aliando a Murilo, aliança repetida em 2012.

Geraldo Resende – Délia Razuk reclamou também de declarações feitas no início da semana pelo deputado federal Geraldo Resende, presidente municipal do PMDB é pré-candidato do partido à prefeitura de Dourados. Em entrevista ao jornal Diário MS, Resende disse que gostaria de ter a vereadora como sua candidata à vice.

“Eu acho no mínimo estranha essa declaração do deputado porque ele sabe da minha vontade de ser candidata a prefeita. Eu respeito seu trabalho como deputado e sua vontade de ser candidato. Jamais falaria isso dele, sabendo de suas pretensões. Prefiro acreditar que tenha dito isso num momento de descontração. Essa possibilidade [de aceitar a vice] não existe”, afirmou Délia.

Na entrevista ao jornal douradense, Resende também disse que procuraria Délia para pedir que ela reconsiderasse a decisão de deixar o PMDB. A vereadora garante que essa tentativa não ocorreu; “Ninguém me procurou e se procurar não vai adiantar porque essa decisão eu já tomei”.

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