Política

De olho no governo, Zeca negocia eleições de 2012 e 2014

Redação | 24/07/2009 15:54

O acordo fechado para garantir a candidatura própria do PT ao governo de Mato Grosso do Sul no próximo ano envolve amarrações para a disputa pela prefeitura em 2012 e até pela sucessão do futuro governador em 2014.

Considerados hoje "aliados" no projeto do ex-governador Zeca do PT de voltar ao poder, o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) seria o nome da aliança para disputar a sucessão de Nelsinho Trad (PMDB) e o senador Delcídio Amaral teria o compromisso de em 2014 ser o candidato ao governo, mesmo que isso signifique para Zeca abrir mão de concorrer à reeleição, caso vença em 2010.

Confirmando aliança com o PDT de Dagoberto, a chapa reserva ainda vaga para DEM do vice-gvoernador Murilo Zauith, que já anunciou sua decisão de concorrer ao Senado Federal. Zeca do PT insiste com o democrata douradense e já o convidou para integrar sua chapa.

Nesse caso, Murilo assumiria uma das 2 vagas de candidato ao Senado, ao lado de Delcídio, e Dagoberto seria o vice de Zeca para sair em 2012 na corrida pela prefeitura.

Hoje, ao finalizar uma etapa de viagens ao Vale do Ivinhema, o ex-governador garantiu que não vai "amarelar". "Para quem anda por aí dizendo que eu vou desistir do governo eu reafirmo: não vou amarelar, não vou ser candidato a nada que não seja governador".

Na avaliação de Zeca, já comentada várias vezes por ele, uma aliança com o PMDB de André Puccinelli enterraria os dois partidos no Estado.

Atualmente, dentro do PT, apenas o deputado Antonio Carlos Biffi, não estaria convencido desse risco.

Ao ser questionado por radialistas de Batayporã, sobre rumores de que ele estaria blefando sobre a candidatura, Zeca foi direto: "Nada vai me comprar, nem Lula vai me convencer a desistir".

Publicamente, ele elogiou Delcídio e garantiu que nada mais prejudica a relação entre os dois. "Generoso como é, ele tem me recebido e temos conversado muito. Estamos construindo um grande projeto".

Hoje ainda, Zeca retorna para Campo Grande da viagem ao Bolsão e ao Vale do Ivinhema e até meados de agosto pretende ter percorrido todos os municípios do Estado, já em declarada campanha.

Sobre o interior, ele diz que está "tranquilo" com apoio que tem recebido, já a Capital terá forças direcionadas a partir do segundo semestre.

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