Política

Crise na saúde centraliza discursos na Assembleia Legislativa

Fabiano Arruda e Ítalo Milhomem | 30/03/2011 12:59

Deputados falaram das situações na Santa Casa de Campo Grande e de hospitais do interior

Durante a sessão desta quarta-feira na Assembleia Legislativa a crise na saúde em Mato Grosso do Sul esteve no centro das discussões.

O deputado Onevan de Matos (PSDB) criticou uma decisão do Ministério da Saúde em encerrar convênios com hospitais particulares em sete cidades na região de fronteira, o que, segundo ele, deve piorar o cenário.

O encerramento ocorre, pois o ministério decidiu priorizar os convênios com hospitais públicos ou filantrópicos em cada município, excluindo, desta forma, as parcerias com unidades privadas. O tucano citou que Deodápolis está nesta situação.

“Fala-se em repasses constitucionais, mas a doença não estipula valores”, disse o veterano, de forma enérgica. “A hora que colocar dinheiro e uma gestão séria os problemas na saúde serão solucionados”, emendou.

O petista Pedro Kemp, por sua vez, preferiu questionar os valores da consultoria da SPDM, ligada à Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), contratada pela Santa Casa.

Conforme o deputado, o valor do assessoramento pago pela Santa Casa é de R$ 150 mil mensais, sendo gastos R$ 5,5 milhões em dois anos. “A população não viu resultado. Era para ajudar (a consultoria) e só veio a piorar”, disparou.

Os deputados Felipe Orro (PDT) e Alcides Bernal (PP) também engrossaram o debate. O progressista fez críticas duras ao governo do Estado e a Prefeitura de Campo Grande.

Em aparte, o deputado Marquinhos Trad (PMDB) disse que o problema da saúde é em todo Estado.

Defendeu ainda a administração do prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) que, segundo ele, “pegou a Santa Casa fechada e com salários atrasados”.

“Seria fácil escolher um único culpado”, afirmou o peemedebista.

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