Política

Criação do PL pode enfraquecer dois partidos em MS, prevê secretário

Juliene Katayama | 18/02/2015 15:36
Secretário da Casa Civil analisa quadro eleitoral em MS (Foto: Arquivo)
Secretário da Casa Civil analisa quadro eleitoral em MS (Foto: Arquivo)

O chefe da Casa Civil do Estado, Sérgio de Paula, aposta no enfraquecimento de pelo menos dois partidos depois da criação do PL (Partido Liberdade). Segundo o tucano, já existe uma movimentação de parlamentares que poderiam fortalecer a nova sigla. “Tem deputados se mexendo, mas eles querem deputados federais”, afirmou.

“Tem duas ou três alas que poderiam migrar para o novo partido. Tem gente do PMDB e do DEM”, pontuou o secretário. Em relação ao PSDB, Sérgio disse que estão “seguindo como Brasília”.

No PMDB, além do ex-deputado federal Fabio Trad (sem partido) que se desfiliou da sigla depois do resultado negativo na campanha eleitoral do ano passado, também tem o irmão, deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB) que estariam conversando com a organização da nova sigla.

Marquinhos critica a maneira como tem sido tratado no partido, apesar de ter sido o deputado estadual mais votado no último pleito com 44 mil votos. O projeto do peemedebista é disputar a Prefeitura de Campo Grande no próximo ano.

No caso do DEM, o presidente regional, deputado federal Luiz Henrique Mandetta, estaria insatisfeito com o encaminhamento da sigla e poderia ir para o PL. A mudança seria bem aceita, já que a nova sigla busca parlamentares federais – é o peso na partilha de tempo de televisão e fundo partidário.

O deputado estadual Zé Teixeira (DEM), que já comandou o partido no Estado, disse que “se o cacique for todos vão juntos”, se referindo a ele e ao vereador de Campo Grande, Airton Saraiva (DEM). O democrata também aposta na candidatura de Mandetta a prefeito da Capital.

Daí o PL, que ainda nem foi criado, entraria em crise no Estado, já que Marquinhos também é um forte candidato a prefeito, mas poderia ser o mais fraco por ser do legislativo estadual, enquanto Mandetta é federal.

Mas antes de discutir detalhes da próxima eleição, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, - que mobiliza a recriação do PL, precisa juntar 500 mil assinaturas para entrar com pedido na Justiça Eleitoral . A ideia é que neste mês conclua a coleta dos apoiadores para fazer o registro.

O partido precisa ser recriado até setembro deste ano dentro do prazo para a filiação dos que têm interesse em disputar as eleições municipais de 2016.

Rede – Além do PL, o Rede Sustentabilidade da ex-senadora, Marina Silva, também está na lista de novas siglas. Com pedido negado em 2013 pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por seis votos a um, Marina teve de se filiar ao PSB para disputar as eleições do ano passado.

Mas com a derrota nas urnas, Marina intensifica a coleta de assinaturas para oficializar o Rede que já apresentou 442.525 assinaturas à Justiça Eleitoral. Enquanto o País caía na folia, o Rede mobilizou o mutirão do Carnaval para atingir a exigência legal.

A reportagem do Campo Grande News tentou contato com a organizadora do Rede no Estado, Neide Herrera, mas não obteve resposta.

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