Política

CPI da Saúde aponta “terceirização” nos serviços da Santa Casa

Leonardo Rocha | 16/07/2013 08:42
Comissão encontra indícios de terceirização nos serviços da Santa Casa durante intervenção (Foto: Arquivo)
Comissão encontra indícios de terceirização nos serviços da Santa Casa durante intervenção (Foto: Arquivo)

Os integrantes da CPI da Saúde na Assembleia afirmaram que após ouvirem os depoimentos do ex-diretores da Junta Interventora da Santa Casa, Antonio Lastória, Nilo Sérgio Laureano e Issan Moussa, notaram uma tendência para a “terceirização” dos serviços no hospital.

De acordo com o presidente da CPI, o deputado estadual Amarildo Cruz (PT), vários fatos confirmados durante a reunião mostraram esta situação. “Eles disseram por várias vezes que a terceirização no serviço era uma opção mais viável”, destacou.

A comissão questionou porque durante a intervenção aumentou de 15 para 70 os serviços de terceirização. “A terceirização se tornou bem-vinda por economia de escala e todos os contratos foram discutidos”, ponderou Lastória. Dos 101 leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), 12 são alugados. O hospital gastava R$ 100 mil por mês apenas com aluguel de aparelhos.

Os ex-diretores também garantiram que muitos aparelhos foram alugados, pois os antigos estavam em péssimas condições, além de apontar que a contratação de médicos provocava um “déficit” nas contas e não aumento nos gastos. O deputado estadual Onevan de Matos (PSDB) argumentou que estas atitudes demonstram a intenção de “terceirização”.

Dívida – Em relação as acusações da atual direção que a junta Interventora aumentou de R$ 30 milhões para R$ 150 milhões a dívida do hospital, os depoentes argumentaram que o repasse de R$ 14 milhões mensais a Santa Casa não cobriam os gastos da unidade. “O nosso déficit era de R$ 4 milhões ao mês, tínhamos que continuar a atender, não podíamos parar o trabalho”, ponderou Lastória.

Sobre a recusa de receber aparelhos de radioterapia do Ministério da Saúde, Lastória destacou que para ser contemplado o hospital deveria fazer uma série de mudanças e não havia garantia da vinda dos aparelhos. “Não tínhamos a certeza deste envio e ainda teríamos que abrir um concurso público”, afirmou ele.

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