Política

Conselho cria grupo de trabalho para apurar crise no serviço de Oncologia

Paula Maciulevicius | 14/05/2013 10:45

O Conselho Municipal de Saúde criou um grupo de trabalho para apurar a crise no serviço de Oncologia da Capital.

Segundo a publicação do Diário Oficial de Campo Grande de hoje, com base na apuração do grupo, o secretário de Saúde, Ivandro Corrêa Fonseca, terá 15 dias para tomar medidas imediatas para a regulação dos serviços.

O grupo será composto pelos Conselhos Municipal e Estadual de Saúde. Ainda conforme a deliberação, todos os procedimentos devem ser regulados pela Central de Regulação do Município.

A Sesau vai disponibilizar auditores para trabalhar em conjunto com os auditores da Secretaria de Estado de Saúde frente às denúncias apresentadas ao Ministério Público Estadual.

O grupo é criado uma semana depois de implantada a força-tarefa do Ministério da Saúde na Capital, que está fazendo uma varredura em prontuários, a partir de 2009, de pacientes vivos e mortos atendidos na rede de tratamento ao câncer em Campo Grande. O atendimento oncológico é concentrado em quatro unidades que prestam serviço ao SUS (Sistema Único de Saúde): Hospital Regional Rosa Pedrossian, Santa Casa, Hospital Universitário e Hospital do Câncer.

Os dois últimos protagonizaram a denúncia que ficou conhecida como “Máfia do Câncer”, quando em 18 de março, a Polícia Federal deflagrou a operação Sangue Frio, que apreendeu documentos nos hospitais, clínica particular e na residência do ex-diretor-geral do Hospital do Câncer, Adalberto Abrão Siufi.

A suspeita é que o setor de radioterapia foi desmontado na rede pública para privilegiar empresas. Atualmente, o serviço é oferecido no Hospital do Câncer, na clínica Neorad, de propriedade de Siufi, e no HU, que retomou o atendimento depois de cinco anos com as portas fechadas. (Matéria alterada para correção de informação)

 

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