Política

Com proposta de fundação, audiência debate hoje futuro do Instituto Mirim

Kleber Clajus | 06/04/2015 12:34
Professores fazem pressão por troca de comando, já prefeito quer substituir entidade por fundação (Foto: Marcelo Calazans / Arquivo)
Professores fazem pressão por troca de comando, já prefeito quer substituir entidade por fundação (Foto: Marcelo Calazans / Arquivo)

O futuro do Instituto Mirim será debatido a partir das 14h, desta segunda-feira (6), em audiência na Câmara Municipal de Campo Grande. Problemas com a diretoria e prestação de contas levaram o prefeito Gilmar Olarte (PP) a propor que se crie uma fundação pública, com orçamento de R$ 8 milhões, para dar continuidade a formação e encaminhamento de jovens ao mercado de trabalho.

Conforme o presidente da Comissão Permanente de Legislação, Justiça e Redação Final, Airton Saraiva (DEM), se faz necessário entender como a entidade funciona para depois avaliar o projeto encaminhado pelo prefeito. O democrata pontua ainda que o fato de se utilizar prédios públicos e servidores cedidos deve ser acompanhado de prestação de contas, inclusive sobre o pagamento dos mirins. “A discussão maior é onde o dinheiro está sendo aplicado e não estamos acusando ninguém”.

No projeto autorizativo, encaminhado na semana passada, a prefeitura prevê substituir convênios para garantir maior “subordinação à fiscalização, controle e gestão financeira” da entidade que, desde 2009, opera como uma ONG (Organização Não-Governamental).

Paulo Pedra (PDT) avalia como positivo o retorno do comando da entidade para a prefeitura, porém lamenta “guerra política” em um processo que exige “discernimento para que se resolva a situação” com planejamento financeiro que comprove custos reais ao se aprovar a criação da fundação.

Já Mozania Campos, presidente do Instituto Mirim, declarou por meio de nota estar tranquila sobre questionamentos a serem enfrentados na Casa de Leis. Professores fazem pressão, desde o mês passado, por sua saída. Os profissionais a acusam de perseguição e assédio moral, fatos dos quais nega ter ocorrido.

Em meio a um processo de eleição na nova diretoria, Mozania pontuou que “a atual direção apenas quer concluir seu mandato que se encerra no próximo dia 15 e entregar a presidência para quem for eleito pelos associados”.

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