Política

Com mudanças na lei eleitoral, gráficas amargam queda de 73% na receita

Ricardo Campos Jr. | 07/09/2016 16:22
Indústrias gráficas esperam segundo turno para reduzir perdas (Foto: divulgação / Fiems)
Indústrias gráficas esperam segundo turno para reduzir perdas (Foto: divulgação / Fiems)

As indústrias gráficas de Mato Grosso do Sul contabilizam queda de 73% na renda obtida na campanha deste ano em comparação com as eleições municipais de 2012. A redução no faturamento, conforme especialistas e entidades do setor, se deve às mudanças na legislação eleitoral, que reduziu prazos e limitou os gastos dos candidatos.

Conforme análise do Radar Industrial da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) com base em dados do Sindigraf/MS (Sindicato das Indústrias Gráficas de Mato Grosso do Sul) e Abigraf/MS (Associação Brasileira da Indústria Gráfica no Estado) apontam que no pleito anterior, as 240 empresas do ramo no estado tiveram rendimentos de R$ R$ 17,02 milhões, enquanto este ano o montante ficou em R$ 4.657.500.

Além disso, com o aumento da maioria da matéria-prima, a crise obrigou as gráficas a reduzirem os preços médios cobrados pelos produtos em até 37,5% e, mesmo assim, foi registrada uma redução de 56% na quantidade produzida de santinhos, praguinhas, banners e adesivos, considerados os principais produtos eleitorais.

Conforme o Sindigraf, antigamente as empresas ofereciam pacotes que incluíam bonés, camisetas, folders e cavaletes. Hoje, com as proibições, os serviços passaram a incluir somente santinhos, praguinhas e adesivos.

As mídias sociais e aplicativos de mensagens de celular ajudaram a piorar a situação, já que elas são gratuitas e atingem grandes quantidades de pessoas, sendo usadas pelos candidatos como opção para driblar os baixos recursos.

Em Campo Grande, segundo a entidade, os empresários esperam que o segundo turno ajude a amenizar as perdas.

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