Política

Com forte calor, cerca de 1.500 pessoas participam de protesto no Centro

Paulo Yafusso e Antonio Marques | 16/08/2015 15:05
Para se proteger do calor, manifestantes procuram as sombras das árvores (Foto: Fernando Antunes)
Para se proteger do calor, manifestantes procuram as sombras das árvores (Foto: Fernando Antunes)

Sob o forte calor, com os termômetros marcando 31 graus, cerca de 1.500 pessoas, segundo a Polícia Militar, começam a se aglomerar na Praça do Rádio Clube, no Centro de Campo Grande, para participar da manifestação contra a corrupção e pela saída de Dilma Roussef da presidência da República. Segundo os organizadores, a expectativa é reunir 20 mil manifestantes. A PM mantém várias equipes na região central para evitar tumultos.

Entre os que já chegaram estão pessoas de outros estados e de bairros da periferia da Capital. A atriz Regina Célia Martins, que tem o nome artístico de Regina Guerra, mora no Recreio dos Bandeirantes (RJ) e aproveitou que veio visitar a irmã que mora na Coopharádio, para ir à Praça. Com uma corda no pescoço para mostrar a sua indignação, a atriz diz que o povo campo-grandense “é muito parado”, por isso o número de participantes por volta das 14h ainda fosse pequeno.

Morador no Jardim Colúmbia, saída para Cuiabá, O topógrafo Claudinei Osório, de 27 anos, levou a mulher, filho e cunhada para a Praça. Ele se diz anti-PT e anti-Dilma, mas afirma que é preciso também protestar contra a corrupção no Estado e em Campo Grande. Os servidores públicos municipais Francisco Prado, de 46 anos, e Joscelino Maropo, de 48, também cobram que a manifestação não se limite a situação nacional.

“Não dá para fechar os olhos para a corrupção no Estado e na Capital”, afirma Francisco Prado. Joscelino afirma que a legislação brasileira favorece a corrupção. “Os políticos fazem as leis só para beneficiá-los”, critica. Já o mecânico de motos Paulo Santana, 20 anos, mora no bairro Nova Bandeirantes e foi à Praça do Rádio para protestar e também ganhar uma renda extra. Também reclama que não percebeu manifestações contra os envolvidos na Operação Lama Asfáltica e nem da situação na Prefeitura da Capital. Ao mesmo tempo que acompanha a manifestação, ele vende gorros, camisetas e bandeiras, a preços que variam de R$ 5,00 a R$ 25,00.

O protesto em Campo Grande é organizado pelos grupos Avança Brasil, Maçons BR e Movimento Popular Pátria Libre.

Nos siga no