Política

Com foco na Saúde, CPI abre trabalhos na 2ª feira em Corumbá

Aline dos Santos | 15/06/2012 10:38

Comissão ainda não teve acesso a documentos da operação Decoada

Câmara vai investigar denúncias após operação da PF.
Câmara vai investigar denúncias após operação da PF.

Criada no último dia 4, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara de Corumbá vai iniciar os trabalhos na próxima segunda-feira. De acordo com o presidente da comissão, Oseas Ohara de Oliveira (PMDB), o objetivo é apurar as denúncias da operação Decoada, realizada no dia 31 de maio pela PF (Polícia Federal).

Porém, ainda sem acessos aos documentos e gravações, o trabalho vai começar pela saúde pública. “Optamos por começar pela área de Saúde, bastante criticada”, afirma.

Na segunda-feira, a partir das 14h, serão ouvidos funcionários do Hospital de Caridade, onde documentos foram apreendidos e o diretor afastado pela Justiça. A unidade hospitalar está sob intervenção, sendo administrada pela prefeitura de Corumbá.

Conforme o vereador, a CPI vai ouvir o contador Mário Sérgio Aguiar, o tesoureiro Luiz Augusto Bezerra e o diretor-clínico Marco Antônio Cazolato.

A comissão tem o vereador Marcos de Souza Martins (PT) como relator e Antônio Vianna Galã (PMDB) como membro.

Na operação Decoada, foram presos o secretário de Finanças e Administração, Daniel Martins Costa; o ex-presidente da Fundação de Cultura e Turismo, Rodolfo Assef Vieira, que deixou o cargo para disputar as eleições; o assessor de gabinete, Carlos Porto; e a gerente II da Secretaria de Gestão Governamental, Camila Campos Carvalho Faro. Todos já estão em liberdade.

O secretário de Finanças e Porto foram afastados de suas funções pela Justiça. A lista de afastamentos ainda inclui o secretário municipal de Saúde, Lauther Serra; diretor da junta interventora do Hospital de Caridade, Vitor Salomão Paiva; e os servidores Osana de Lucca, Márcio Androlage Chaves e Maria Vitória da Silva.

De acordo com o delegado da PF (Polícia Federal), Alexandre do Nascimento, as prisões e afastamentos foram por indícios de participação no esquema para lesar os cofres públicos. Ainda não foi determinado o tamanho do prejuízo, contudo, as fraudes envolvem milhões de reais em recursos federais. Escutas telefônicas apontam indícios de fraudes na área de Saúde e superfaturamento de show.

Segundo o prefeito Ruiter Cunha (PT), vários casos apontados como fraudes licitatórias e desvio de verbas pela CGU já foram rebatidos e esclarecidos pelos técnicos da prefeitura de Corumbá.

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