Política

Citado na Odebrecht, Vander nega “caixa 2” de R$ 50 mil em campanha

Aline dos Santos | 14/04/2017 11:16
Vander Loubet diz em nota que investigação não é condenação. (Foto: Arquivo)
Vander Loubet diz em nota que investigação não é condenação. (Foto: Arquivo)

Citado nas delações da Odebrecht e com investigação autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) desde a última terça-feira (dia 11), o deputado Vander Loubet (PT) se manifestou hoje (dia 14) por meio de nota à imprensa e nega ilegalidade.

A nota, dividida em cinco tópicos, informa que a acusação da Procuradoria-Geral da República é por “caixa dois” em 2010, nome popular para recursos não contabilizados. O deputado nega o crime.

“Volto a esclarecer que todas as contribuições recebidas durante minhas campanhas eleitorais sempre foram oficializadas em prestações de contas aprovadas pela Justiça Eleitoral - incluindo a doação de R$ 50 mil citada na delação. Ou seja, não houve ilegalidade alguma e isso ficará provado no curso da investigação”, informa o deputado.

Ainda de acordo com o comunicado, investigação não é condenação e os depoimentos não constituem, por si só, meio de prova.

De acordo com o inquérito 4417, Vander Loubet foi citado por Alexandrino de Salles Ramos Alencar, ex-executivo da Odebrecht. O repasse de vantagem não contabilizada, no valor de R$ 50 mil, teria sido feito por intermédio do Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht. O ministro do Supremo, Edson Fachin, autorizou a investigação do parlamentar, que ocupa cargo com foro privilegiado.

Fachin também autorizou abertura de inquérito contra o deputado federal Zeca do PT. Por meio de nota, Zeca afirmou que houve “erro enorme” nas apurações.

Sem foro privilegiado, o senador cassado Delcídio Amaral (sem partido) deve ser investigado na Justiça Federal do Paraná por suspeita de receber R$ 9 milhões de “caixa 2” da Odebrecht nas eleições para o Senado e governo de Mato Grosso do Sul. A reportagem não conseguiu contato com Delcídio.

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