Política

Citado como “Pereira”, Resende faz companha a Marçal em inquérito no STF

Informações sobre suposta compra de votos foram reveladas na delação premiada do ex-executivo da J&F Ricardo Saud

Gabriel Neris | 20/11/2019 15:55
Secretário de Saúde é citado em suposta compra de votos para eleição de Cunha (Foto: Divulgação)
Secretário de Saúde é citado em suposta compra de votos para eleição de Cunha (Foto: Divulgação)

O nome do secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende (PSDB), aparece ao lado do hoje deputado estadual Marçal Filho na lista de envolvidos no inquérito sobre a suposta compra de votos por parte do ex-deputado federal Eduardo Cunha para se eleger presidente da Câmara no ano seguinte.

De acordo com o G1, o inquérito foi aberto no STF (Supremo Tribunal Federal) por determinação do ministro e relator da Operação Lava Jato, Edson Fachin. As informações foram reveladas na delação premiada do ex-executivo da J&F Ricardo Saud.

O nome do deputado licenciado passa despercebido por ter sido citado como Geraldo Pereira. O inquérito envolve 18 políticos. Outro nome do Estado é de Marçal Filho (PSDB), que atualmente ocupa uma das cadeiras da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. 

Procurado, Resende disse ao Campo Grande News que “o assunto é requentado, há mais de quatro anos foi feita uma ilação. Recebi recursos do PMDB nacional através do presidente Michel Temer. Ele fez a relação dos deputados para ajudar na campanha com dinheiro do partido, onde o partido buscou recursos, não tenho essa governança”, disse, rejeitando ter recebido recursos da JBS.

O secretário disse ainda que votou em Eduardo Cunha para a Presidência da Casa por serem do mesmo partido à época, o PMDB, e sSobre a delação de Ricardo Saad, diz não conhecer as “reais intenções do delator, as quais deverão ser esclarecidas no curso das investigações”.

Deputado estadual Marçal Filho também é citado em delação (Foto: Luciana Nassar/ALMS)

Já o deputado estadual Marçal Filho classificou a citação ao seu nome como “uma grande confusão”. “Não me preocupa, não votei no Eduardo Cunha e nem poderia porque não foi reeleito. Nem em Brasília estava mais, não poderia votar porque não era deputado federal, não era eleitor”, afirma.

“Não recebi dinheiro da JBS, estou sossegado. Acho que houve uma grande confusão e a própria instituição vai corrigir isso. Os doadores diretos da minha campanha foram Nelsinho [Trad], Simone [Tebet], diretórios estadual e nacional do partido . Portanto não teve nenhuma doação direta da JBS”.

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