Política

Chefe da Guarda ignora pedido da Câmara para explicar falta de policiamento

Alberto Dias | 13/07/2016 13:15

O chefe da Guarda Municipal, Marcos Cesar Hobel Escanaichi, ignorou convocação da Câmara Municipal para explicar sobre a falta de policiamento em prédios públicos. O requerimento do Legislativo e entregue a Marcos Cesar teve o prazo vencido nesta quarta-feira (13), sem nenhuma resposta, caracterizando nova omissão do poder Executivo. O requerimento soma-se a mais de 30 outros que não foram respondidos esse ano.

O pedido foi sugerido pelo vereador Edil Albuquerque (PTB), frente a diversos ataques de vandalismo em escolas, Ceinfs (Centros de Educação Infantil) e unidades de saúde. Para o parlamentar, os constantes ataques em curto espaço de tempo caracterizam falta de segurança nos prédios públicos. "Por isso convocamos o chefe da guarda para explicar como funciona o policiamento dos prédios públicos e se o efetivo hoje é suficiente".

Na semana passada (4), reportagem do Campo Grande News denunciava uma redução considerável no efetivo da Guarda Municipal nos últimos anos. Conforme o presidente do SindGM/CG, Hudson Pereira Bonfim, que representa a categoria, hoje Campo Grande conta 1.128 guardas municipais na ativa, quase 300 a menos que o efetivo em 2009, quando a corporação contava com cerca de 1,4 mil guardas. Para Bonfim, a evasão é motivada principalmente pelo baixo rendimento: o salário base de um guarda municipal é R$ 843.

Histórico - A ação de Edil Albuquerque foi foi motivada por reportagem publicada pelo Campo Grande News em 14 de junho, denunciando a invasão e depredação da UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) do bairro Serradinho. Já no quinto mandato, o parlamentar ressalta que novos aparelhos públicos foram inaugurados nos últimos anos. "Campo Grande cresceu, é uma evolução natural. E o efetivo da guarda, cresceu também para cuidar de tudo isso?", questiona.

O requerimento não respondido questiona ainda um possível desvio de função, uma vez que guardas municipais estariam focados no policiamento de trânsito, inclusive aplicando multas, deixando de lado a função prioritária de garantir a segurança de prédios públicos. Outro caso recente ocorreu em 17 de abril, quando um incêndio criminoso queimou colchonetes e colocou em risco um Ceinf (Centro de Educação Infantil) no bairro Noroeste. Também era domingo e não havia alunos e professores no local, facilitando a invasão.

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