Política

Cassado por dois dias, Mario Cesar se diz surpreso com gesto de Bernal

Zemil Rocha | 28/06/2013 18:20
Mario lembra que convidou várias vezes e Bernal não foi à Câmara (Foto: Arquivo)
Mario lembra que convidou várias vezes e Bernal não foi à Câmara (Foto: Arquivo)

O presidente da Câmara de Campo Grande, vereador Mario Cesar (PMDB), voltou ontem à noite mesmo a despachar em seu gabinete, após dois dias de cassação por decisão da juíza da 35ª Zona Eleitoral, Elisabeth Rosa Baisch. No final da tarde de ontem, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) suspendeu a eficácia da decisão da juíza.

Mario Cesar demonstrou surpresa com a pressa de Bernal em se reunir com os vereadores após a sua cassação em primeira instância, sob a justificativa de apresentar dois projetos de lei para autorizar empréstimos que somam R$ 420 milhões. “Tem de vir aqui na Câmara para discutir todos os projetos. O que vejo com estranheza é que todos os convites que fiz ao prefeito para vir à Casa, não fui atendido. Só isso”, afirmou o dirigente.

Causou mal estar entre os vereadores da oposição a pressa do prefeito em ir ontem à Câmara, quando a casa estava sendo interinamente presidida pelo vice Flavio Cesar (PSL). Nos bastidores, já havia movimentação de emissários de Bernal para fazer nova eleição para a presidência da Câmara.

Mesmo que houvesse eleição, contudo, dificilmente Bernal teria votos suficientes para eleger o novo presidente da Câmara. Dos 29 vereadores, o prefeito tem hoje o apoio de no máximo 10 vereadores, após ter conquistado a adesão de Paulo Pedra (PDT).

Embora a continuidade do mandato ainda dependa de decisão definitiva do TRE contra a cassação, Mario Cesar está confiante na vitória judicial. “Estamos confiantes. Não cometemos essa irregularidade de suposta compra de votos. No processo não tinha nada enfático, mostramos contrato legal”, afirmou o peemedebista.

A decisão, segundo ele, foi tão surpreendente que nem esperava ser notificado em plena sessão da Câmara de Campo Grande, na última terça-feira. “Nos causou surpresa a decisão que aconteceu até por conta da audiência judicial que teve em abril em que nada ficou comprovado sobre ilegalidade”, finalizou.

 

 

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