Política

Câmara de Vereadores antecipa eleição da mesa em 60 dias e vai reeleger Idenor

Helio de Freitas, de Dourados | 30/09/2014 14:25
Presidente da Câmara de Dourados Idenor Machado deve se candidatar para novo mandato na mesa diretora (Foto: Thiago Morais/Câmara de Vereadores)
Presidente da Câmara de Dourados Idenor Machado deve se candidatar para novo mandato na mesa diretora (Foto: Thiago Morais/Câmara de Vereadores)

Será na sexta-feira desta semana, com pelo menos 60 dias de antecedência, a eleição da mesa diretora da Câmara de Vereadores de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. Normalmente a eleição ocorre na primeira quinzena de dezembro. Mas na sessão desta semana a maioria dos vereadores votou a favor da antecipação.

Beneficiados pela mudança na Lei Orgânica do Município – também aprovada em segunda votação na sessão de ontem – o atual presidente Idenor Machado (DEM) e o primeiro secretário Dirceu Longhi (PT) devem concorrer à reeleição. Como não há indícios de uma chapa de oposição, eles devem ser reeleitos para o biênio 2015-2016.

Idenor vai presidir a Câmara pela terceira vez consecutiva, já que ocupou o cargo em 2011 e 2012. Antes da mudança na Lei Orgânica, o presidente só poderia ser reeleito ao iniciar uma nova legislatura, como aconteceu em 2013. Agora, com a alteração no artigo 28 da lei, pode se candidatar à reeleição também no meio da legislatura.

Informações de bastidores revelam que a vice-presidente Délia Razuk (PMDB) e o segundo secretário Pedro Pepa (DEM), devem deixar a mesa diretora e serem substituídos por outros vereadores na chapa única.

A eleição da mesa diretora será feita em sessão extraordinária convocada nesta terça pelo presidente Idenor Machado. A convocação foi publicada em edição suplementar do Diário Oficial do Município, órgão editado pela Assessoria de Comunicação de Imprensa da prefeitura.

Além da convocação, a edição suplementar publicou também a resolução aprovada na sessão de ontem que altera o Regimento Interno para permitir a antecipação da eleição.

Críticas – A mudança na Lei Orgânica para permitir a reeleição da mesa diretora e a antecipação da eleição foram aprovadas pela maioria dos 19 vereadores de Dourados, mas sob intensas críticas do vereador Maurício Lemes Soares (PSB). Ele aponta um “atentado à democracia” a reeleição do presidente e afirma que a decisão dos colegas só vai aumentar ainda mais o desgaste do poder perante a sociedade.

“Todo cargo vitalício fere o princípio democrático. Defendo a alternância até para garantir mais credibilidade à Câmara”, afirmou Maurício Lemes. Já Idenor Machado afirma que a Câmara de Dourados era uma das poucas de Mato Grosso do Sul que não permitiam a reeleição, já adotada há algum tempo em Campo Grande.

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