Política

Câmara constata 'divergências' em dados, mas aguarda análise de documentos

Comissão de vereadores recebeu documentos com o histórico financeiro dos últimos sete anos da previdência municipal

Richelieu de Carlo | 09/02/2017 13:11
Pilha com 17 caixas contendo movimentação financeira dos últimos sete anos do IMPCG. (Foto: Richelieu de Carlo)
Pilha com 17 caixas contendo movimentação financeira dos últimos sete anos do IMPCG. (Foto: Richelieu de Carlo)

Com o recebimento de 17 caixas o histórico da movimentação financeira dos últimos sete anos do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande), a comissão de vereadores que investiga possíveis fraudes no órgão poderá confirmar algumas divergências encontradas em dados oficiais do instituto.

O presidente da comissão, vereador Hederson Fritz (PSD), alega que aguarda a análise dos documentos entregues, nesta quinta-feira (9), para detalhar as divergências que foram encontradas pelo grupo até o momento, através de análise de informações públicas do IMPCG. “Seria leviano apontar essas divergências agora, porque precisamos aguardar o laudo tributário e jurídico”.

Conforme Fritz, uma equipe de contabilidade e outra jurídica farão análise preliminar dos documentos, e começam a partir de hoje. “Já vamos começar essa análise técnica dos documentos hoje, de forma a montar um diagnóstico do que pode e precisa ser feito, propondo sugestões”.

Diretor-presidente do IMPCG, Lauro Davi, foi pessoalmente à Câmara Municipal entregar as caixas, contendo balancetes mensais, notas, demonstrativos de rendimentos e toda parte contábil do órgão de 2010 a 2016, que haviam sido solicitados pela comissão.

O chefe do instituto ressaltou que os trabalhos dos vereadores vai ajudar nas análises de alteração na alíquota de contribuição dos servidores e do município. “A conta do IMPCG não fecha desde 2013 e está cada vez mais no vermelho. Precisamos de uma recomposição de fundos, que exige um exercício mais demorado, e vai ajudar no futuro do instituto e no trabalho de alteração da alíquota”, explicou Davi.

Vereadores recebem ofício com relação de documentos entregues pelo IMPCG. (Foto: Richelieu de Carlo)

Auditoria - O eixo dorsal da investigação é entender onde foi parar o dinheiro do caixa. "Sabemos que em 2009 havia saldo de quase R$ 300 milhões e atualmente a reserva técnica do instituto não passa de R$ 10 milhões", aponta Fritz. 

Para agilizar os trabalhos, a comissão foi dividida em duas equipes. A relatora da comissão, Cida Amaral (PTN) e o vereador Chico Veterinário (PSB), vão analisar o critério Assistência Social. Já o presidente da Hederson Fritz e os demais parlamentares Jeremias Flores (PT do B) e William Maksoud (PMN), vão cuidar da pasta que envolve a previdência.

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