Política

Câmara adia votação de projeto que propõe armar a Guarda Municipal

Jéssica Benitez | 16/04/2013 12:32
Plenário adiou votação porque prefeito é contra medida (Foto: Marcos Ermínio)
Plenário adiou votação porque prefeito é contra medida (Foto: Marcos Ermínio)
Para garantir aprovação de projeto, Alceu deixou votação para próxima terça-feira (Foto Marcos Ermínio)

A votação do projeto de lei, que libera a utilização de armas de fogo pela Guarda Municipal de Campo Grande, foi adiada após causar polêmica na Câmara Municipal. Proposta pelo vereador Alceu Bueno (PSL), a medida perdeu apoio no legislativo, de 23 para 19 parlamentares, e corria o risco de não ser aprovada. 

“Hoje temos só 19 assinaturas e precisamos, no mínimo de 20 para passar pelo crivo do Legislativo”, justificou Alceu. O adiamento causou protesto por parte dos guardas presentes na sessão. “Mas eles têm que entender que se fosse reprovada hoje, só ano que vem para tentar de novo”, explicou o vereador Carlão (PSB).

Conforme adiantou Alceu, os vereadores que compõem a base aliada ao prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), irão votar contra o projeto de armamento por orientação do próprio chefe do Executivo. O parlamentar Gilmar da Cruz (PRB), aliado ao progressista, porém, garantiu que votará a favor da aprovação.

“Ele disse isso, mas não assinou nada. Não estávamos contando com ele porque o Gilmar não nos passou segurança”, alegou Bueno. O líder do prefeito na Casa de Leis, vereador Marcos Alex (PT), garantiu que não há ordem do prefeito para bancada votar contra o projeto, mas que é preciso discutir mais o assunto antes de qualquer coisa.

“A base é a favor de um projeto que recupere e dê condições à Guarda, medida que não foi tomada nos últimos oito anos, desde quando foi criada”, disse. O petista afirmou que antes de aprovar a medida, é necessário discutir uma série de critérios. “Cidades com população acima de 500 mil habitantes têm a liberação para armar a Guarda, mas precisamos discutir”, opinou.

Alex questionou, por exemplo, se há orçamento para armar os guardas municipais, qual tipo de armamento seria utilizado e quais locais da Capital precisam de armas de fogo para garantir segurança. “Isso demanda debate aprofundado. Se aprovarmos sem critérios e alguém chegar a morrer injustamente, o prefeito é quem vai ser responsabilizado”, finalizou.

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