Política

Bernal tem apoio de 11 vereadores e manterá equipe, afirma Chaves

Josemil Arruda | 10/01/2014 15:08
Bernal já estaria "blindado" na Câmara para evitar a cassação, segundo Chaves (Foto: arquivo)
Bernal já estaria "blindado" na Câmara para evitar a cassação, segundo Chaves (Foto: arquivo)

O secretário municipal de Governo, Pedro Chaves, admitiu esta tarde que as nomeações e mexidas no primeiro escalão da administração do prefeito Alcides Bernal (PP), dentro da estratégia de formar um governo de “coalizão” com a participação de vereadores, estão paralisadas por enquanto. “O importante é que já temos o número mínimo para obstaculizar qualquer nova ação contra o prefeito. Temos 11 vereadores”, garantiu Chaves, referindo-se ao apoio necessário para barrar qualquer tentativa de cassação.

Para a cassação do prefeito são necessário dois terços dos votos da Câmara. Como na Capital são 29 vereadores, 20 precisam votar pela cassação para que o prefeito perda o mandato. Se realmente a base de Bernal tiver 11 vereadores, a oposição só tem 19 votos, faltando um para exonerar o prefeito. 

Houve, segundo Chaves, uma suspensão de muitas conversações em razão do recesso parlamentar, já que vários vereadores estão viajando. Apesar disso, estariam acontecendo entendimentos diretamente com partidos políticos. “Estamos trabalhando com dois partidos para buscar a governabilidade, mas não posso adiantar quais são eles”, declarou.

Especulações sobre a saída de dois secretários municipais, Ivandro Fonseca, da Saúde, e Wanderley Ben Hur, de Planejamento, Finanças e Controle, foram derrubadas pelo secretário Pedro Chaves. “O Ivandro continua”, garantiu Chaves ao ser indagado sobre a saída iminente, para abrir vaga para o vereador Jamal Salém (PR). Questionado também sobre o possível pedido de demissão de Wanderley Ben Hur, quando voltar de férias, o secretário de Governo respondeu: “Não vai sair não”.

O próprio Jamal Salém afirmou nesta sexta-feira, ao Campo Grande News, que não foi convidado e nem tem pretensão de deixar a vaga na Câmara para assumir cargo no Executivo municipal. “Eu continuo na oposição”, garantiu o republicano.

Nos bastidores, circularam informações de que haveria uma grande pressão para que Ben Hur deixasse a Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle. “Pressão lá dentro da prefeitura não tem; só se for externa”, informou o secretário Pedro Chaves. Segundo ele, prova de que Ben Hur está plenamente integrado à administração é que ontem, mesmo de férias, participou de reunião com o prefeito, assessores e técnicos como fim de discutir diretrizes para este ano de 2014.

Novos espaços – Apesar do ritmo mais lento no período de férias para a construção da governabilidade, conforme Pedro Chaves, a meta da articulação política da gestão de Bernal continua sendo ter uma base de apoio com 15 vereadores na Câmara de Campo Grande, o que garantiria maioria.

“Estamos buscando governo de coalizão com todos os partidos. Quem quiser vir será bem-vindo, abriremos novos espaços para recebê-los na Educação, Saúde. Segurança”, informou Chaves.

O secretário de Governo chegou a dizer que se fosse possível teria os 29 vereadores da Câmara na base de apoio ao prefeito. “É um pouco difícil e sabemos também que toda unanimidade é burra. Precisamos ter oposição para que a gente possa fazer autocrítica e a imprensa tem feito trabalho muito positivo nesse sentido”, afirmou.

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