Política

Bernal diz ser alvo de críticas por ser filho de sapateiro e aliados o afagam

Lidiane Kober | 31/08/2013 14:11
Bernal voltou a usar agenda pública para se defender e atacar rivais (Foto: Cleber Gellio)
Bernal voltou a usar agenda pública para se defender e atacar rivais (Foto: Cleber Gellio)

O prefeito Alcides Bernal (PP) voltou, neste sábado (31), a usar agenda pública para se defender das críticas e atacar os adversários. Ele, inclusive, chegou a dizer ser alvo de humilhações por ser “filho de sapateiro”. Para confortá-lo, os aliados não pouparam elogios e reforçaram críticas aos rivais.

“Estão tentando humilhar o prefeito, porque não tenho partido grande, nem parente poderoso, não pertenço a clã de advogados e não sou do PMDB. Tentam me prejudicar porque sou corumbaense e filho de sapateiro”, disse Bernal, no Bairro Moreninha 3, durante o lançamento do retorno das obras de conclusão da UPA (Unidade de Pronto Atendimento).

O prefeito ainda ameaçou os adversários. “Vou mover ações judiciais para calar quem falta com a verdade”, avisou. Ele se referia as acusações de irregularidades em sua administração e as ameaças de abertura de processo para cassá-lo. “Precisamos parar com esse jogo de faz de conta, principalmente, esses que vivem falando que vão cassar o prefeito”, comentou Bernal.

Ele também aproveitou para repetir críticas ao vereador Paulo Siufi (PMDB), presidente da CPI do Calote. “Se apresenta como dono da verdade e da moral, mas nem deixou a vereadora Luíza (Ribeiro) falar, não respeita mulher, nem criança ao deixar de cumprir horário no posto de saúde”, provocou o prefeito.

“Repito que não tenho compromisso com coisa errada e não vou acobertar ninguém”, emendou sobre processo aberto pela prefeitura por Siufi supostamente não cumprir carga horária como médico. Em quatro dias, a administração o decretou culpado e o vereador pode ser demitido. Siufi alega que nem sequer teve direito de defesa.

Apesar das críticas à oposição, Bernal disse que quer uma “relação de respeito como a Câmara”. “Não quero vereadores subservientes, não quero vereador amarrado”, garantiu.

Afagos - Pouco antes, a vereadora Luiza Ribeiro (PPS) encheu Bernal de elogios. Ela chegou uma hora atrasada no evento, mas, três minutos depois, ganhou o microfone para falar. “O prefeito assumiu durante uma crise de dengue na cidade e desenvolveu uma série de ações e ainda pegou o governo com várias obras abandonadas. Esse trabalho não pode ser esquecido, temos direito a memória”, disse.

Ela ainda voltou a classificar como “absurda” a tentativa de cassar Bernal. “Temos que combater essa bobagem”, defendeu. Para ela, Bernal é perseguido “por rancor” de quem perdeu a eleição.

Outro que defendeu com unhas e dentes o chefe foi o diretor-presidente da Funsat (Fundação Social do Trabalho de Campo Grande), Aldo Euripedes Donizete. “Sou testemunha viva de que o prefeito deixa os secretários trabalhar, se não fiz algo, creditem a minha incompetência ou à falta de tempo”, afirmou.

Ele foi o único dos secretários e dos aliados presente no evento desde o início, 9 horas. Às 10h05, chegou Luiza, cerca de 10 minutos depois, o secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, surgiu. O vereador Coringa (PSD) apareceu pouco depois e o colega de Casa, vereador Cazuza (PP), chegou quase no final da solenidade.

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