Política

Ben Hur nega "coação" para dono da MDR rescindir contrato de limpeza

Zana Zaidan | 21/11/2013 16:26
Secretário de Finanças prestou depoimento hoje à Comissão Processante (Foto: Divulgação)
Secretário de Finanças prestou depoimento hoje à Comissão Processante (Foto: Divulgação)

O secretário municipal de Planejamento, Finanças e Controle, Wanderley Ben Hur, afirmou, em depoimento na tarde de hoje (21), à Comissão Processante que o proprietário da MDR, Mamed Dib, mentiu ao levantar a hipótese que o prefeito Alcides Bernal (PP) o teria coagido a rescindir o contrato da empresa com a prefeitura, durante uma reunião.

“Mamed mentiu. A reunião aconteceu, mas não houve essa conversa de romper contrato ou sobre o pagamento. A conversa foi para ele explicar o andamento da prestação de serviços à empresa”, garantiu Ben Hur, diante do questionamento do vereador Alceu Bueno (PSL), membro da comissão.

O empresário fez a declaração aos vereadores em julho, durante a CPI do Calote. Na época, além de afirmar que Ben Hur estava presente no encontro, relatou que a empresa estava há 98 dias sem receber pelo fornecimento de alimentos aos Ceinfs, uma dívida que somava R$ 550 mil. Bernal teria “chantageado” o empresário para rescindir o contrato, em troca do pagamento da dívida.

O relato foi lido hoje pelo vereador Alceu Bueno (PSL), para ser comentado pelo secretário.

Calote – O secretário garantiu, ainda, que toda a dívida com a MDR foi quitada. A suspensão do pagamento denunciada por Mamed foi justificada pelo dirigente devido a “vícios no contrato”. “As atas de registro de preço praticados pela MDR estavam vencidas. A vigência da ata é de doze meses, prorrogáveis por mais doze, e isso já tinha acontecido. Por isso, recebi uma orientação do Santini (então Procurador Geral do Município) para suspender o pagamento enquanto o contrato fosse analisado”, justificou. A empresa tem contrato com a prefeitura desde 2011.

Segundo ele, o pagamento da dívida não tem relação nenhuma com a suposta chantagem, e só foi feito porque a PGM constatou que, apesar do vencimento das atas, o serviço prestado pela empresa tinha sido satisfatório no período.

Ausência – Mamed foi convocado pela Comissão Processante como testemunha de acusação de Bernal, mas não compareceu na data marcada. Ele justificou a ausência e “ratificou o depoimento prestado à CPI do Calote”.

O advogado de Bernal, Jesus de Oliveira Sobrinho, tentou derrubar o valor jurídico do depoimento diante das atas da Processante, já que ele não esteve presente. “E a ausência dele reforça que essa suposta coação do Bernal não existiu”, acrescentou.

O relator da Comissão, vereador Flávio César (PT do B), disse que, como Mamed ratificou as informações, o depoimento será mantido no objeto da denúncia e constará nos autos.

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