Política

"Bem namorado", André diz que leiloará apoio em 2010

Redação | 08/01/2009 13:32

Em tempo de crise financeira, o governador André Puccinelli (PMDB) comemora os dividendos políticos que lhe tornam "bem namorado" para eleições de 2010.

"Querem o apoio do Andrézinho? Vou leiloar", brinca o governador, que se diz à espera do que vai ser oferecido pelos virtuais candidatos à presidência em 2010: José Serra (PSDB) e Dilma Roussef (PT). "O que será que o Serra vai me dar? Olha que estou apaixonado pela fada madrinha", afirma.

O tom descontraído marcou a entrevista concedida a jornalistas, hoje, em seu gabinete. Principalmente ao falar dos netos. "Você fica babão. Filho é açúcar, aquilo [netos] é caramelizado".

Puccinelli até tenta de descolar da imagem de durão. Contudo, enquanto prega que está amadurecendo, cultivando um "jardim de amizades e afabilidades", provoca: "Me desafiar é o caminho mais fácil para que eu saia candidato".

O governador havia dito não ter interesse na reeleição, destacando que se dedicaria aos netos após em 2010. Contudo, depois que o ex-governador Zeca do PT aventou ser candidato ao governo, Puccinelli reviu a decisão. "Sou um cara gozado. Gosto de mostrar que aceito os desafios. Pode vir um 'entuchado' no outro, que a gente enfrenta", negando qualquer predileção em enfrentar Zeca do PT.

Porém, compara o governo de ambos, ressaltando que mais dois anos à frente da máquina administrativa pode roubar a vantagem que o potencial adversário tem no interior. "Não fiz empréstimo no banco e estou pagando no primeiro dia útil".

Equilibrista - No próximo biênio, a depender da extensão da crise financeira, ele ainda poderá investir o dinheiro da "caixinha" de reserva do Estado, que no mês passado recebeu reforço dos R$ 20 milhões advindos de prorrogação de contrato com o Banco do Brasil. "Estou sendo hábil em arrancar recursos. Um equilibrista de primeira".

Sobre o futuro do PMDB e demais partidos, sejam tradicionais aliados ou de oposição, André Puccinelli minimiza o fato de deter o cargo mais importante do Estado.

Negando intromissão na disputa interna que surge entre os peemedebistas Waldemir Moka (deputado federal) e Valter Pereira (senador). "Não seu quem decide, é o partido. Não vou pôr a mão nele ou nele".

Para o Estado, serão abertas duas vagas de senador, contudo o PMDB perde poder de negociação para compor aliança com outros partidos caso se aposse de ambas.

Ele adota a mesma isenção se o assunto são os candidatos petista. "Não vou me meter na briga do PT". Por fim, aponta o dedo para o coração e entrega: "Posso estar torcendo aqui dentro".

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