Bancada federal ainda não discute, mas já surgem nomes para Sudeco

A bancada federal de Mato Grosso do Sul está em compasso de espera quanto à indicação do nome do novo superintendente da Sudeco (Superintendência do Centro-Oeste). A maioria dos deputados federais considera que é preciso esperar a escolha do novo ministro da Integração Nacional, pasta à qual é vinculada a Sudeco, para se discutir um nome.

Nos bastidores, porém, já surgem alguns nomes, como o de Flávio Britto, atual diretor-presidente da Fundação Estadual de Esportes (Fundesporte) e marido da vereadora Luiz Ribeiro (PPS), e do secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Negreiros.

Para alguns deputados federais do Estado, a articulação deve ser comandada pelo governador André Puccinelli. Fábio Trad (PMDB) é dessa opinião. “Quero ouvir primeiro o André. Pertenço a um grupo político que ele lidera. Ele tem legitimidade para isso”, argumentou. “De maneira que enquanto não houver chamamento dele para discussão dessa questão, eu penso que a bancada não deve concentrar a atenção em qualquer nome específico”, emendou.

Segundo Fábio, a bancada federal do Estado ainda não tratou do assunto. “Estou aguardando esse chamamento para fazer da Sudeco instrumento efetivo para desenvolvimento da região”, disse. Considera, porém, necessário o começo da discussão. “Não pode comer barriga, porque senão outros estados emplacam um nome. Seria ideal fazer uma reunião para procurar convergência das forças políticas em torno de um nome”, defendeu.

Geraldo Resende (PMDB) considera que o PMDB pode ter bastante força na negociação para a Sudeco, caso o senador Vital do Rego seja realmente indicado para ministro da Integração Nacional. Nessa circunstância, Resende considera que Mato Grosso do Sul leva vantagem para indicar o chefe da Sudeco.

“Eu gostaria e já levei isso ao meu líder e falei com governador André Puccinelli que, por ser Mato Grosso do Sul a maior bancada do PMDB na região Centro-Oeste, com quatro deputados federais e um senador, tenha a primazia para indicar o superintendente da Sudeco”, defendeu o deputado peemedebista. “Mesmo porque nós da bancada do PMDB não temos nenhuma participação nos ministérios do PMDB”, argumentou Geraldo. Considera, porém, que essa discussão só ocorrerá mais para o final do ano, quando for definido o nome do novo ministro da Integração Nacional.

O deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT) também considera cedo para se discutir nome do substituto de Dourado na Sudeco. “Tem de definir primeiro o ministro”, afirmou o petista. “A Sudeco vai depender do ministro que assumir; pois ele vai querer participar da indicação. Enquanto não definir o ministro qualquer movimentação embaixo é inócua”, sustentou. Para ele, a definição do chefe da Sudeco deve passar pela bancada e pelo governador André Puccinelli. “É bom ouvir todo mundo”, defendeu.

Observou, porém, que todos os Estados do Centro-Oeste tem essa ambição de comandar a Sudeco. “O que conta é quem tem a maior capacidade de articular, conversar, apresentar um bom nome”, disse. “Até agora ninguém articulou nada em Mato Grosso do Sul. O governador vai correr por fora, não vai chamar bancada para conversar. Vai tentar emplacar o nome dele”, avaliou Biffi, apontando que tanto Britto quanto Negreiros seriam opções ligadas ao chefe do Executivo estadual.