Política

Bancada do PT se reúne nesta quinta para falar sobre indicação ao Dnit

Wendell Reis | 09/02/2012 09:34

O senador Delcídio Amaral (PT) e os deputados federais Vander Loubet (PT) e Antônio Carlos Biffi (PT) vão se reunir nesta quinta-feira (9) para decidir o que fazer após a reunião de ontem (8), quando o governador André Puccinelli (PMDB) e seus aliados: os peemedebistas Fábio Trad, Marçal Filho, Geraldo Resende e Edson Giroto, além de Luiz Henrique Mandetta (DEM), Reinaldo Azambuja (PSDB), visitaram o diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) , Jorge Fraxe, para dar um voto de confiança à indicação do engenheiro civil José Luiz Vianna Ferreira (assessor de Fraxe) para a superintendência do Dnit no Estado.

O deputado Vander explica que o apoio do PMDB não significa uma resposta à derrubada de Flávio Britto da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), com indicação de Pedro Teruel (PT), mas sim de uma validação do governador e da bancada. Ele lembra que a indicação não pode provocar racha entre os partidos, já que não foi feita nem pelo grupo do governador e nem pelo PT.

Vander alega que a conversa entre os petistas será para decidir se o PT se reunirá ou não com o general Jorge Fraxe. A bancada do PT quer levar ao conhecimento de Fraxe as demandas das prefeituras de Mato Grosso do Sul. “Não tem queda de braço. O nome foi sugerido pelo general. Não foi da manga ou bolso do André ou de outra pessoa”.

No sábado (4) o senador Delcídio Amaral informou que se reuniu com Fraxe e pediu cuidado com a indicação do novo superintendente e Fraxe prometeu analisar o caso: “O general resolveu dar uma segurada para analisar estas coisas todas, porque tem boi na linha. Precisamos olhar melhor a luz de todo o histórico do processo. Jabuti em árvore, ou é enchente, ou mão de gente. Acho que este é mão de gente”, declarou.

A cúpula do Dnit foi punida com demissão em processo administrativo disciplinar no dia 2 de janeiro. Na ocasião, foram demitidos o superintendente, Marcelo Miranda, o chefe do Serviço de Engenharia, Guilherme Alcântara de Carvalho, e Carlos Roberto Milhorim, chefe do Dnit em Dourados.

O engenheiro Carlos Antônio Marcos Pascoal era o indicado da bancada federal de Mato Grosso do Sul para o cargo, mas sua posse foi suspensa depois que o Campo Grande News divulgou que ele passou por investigação no TCU (Tribunal de Contas da União). Pascoal é investigado por irregularidades em três contratos de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na BR-163, na divisa de Mato Grosso com o Pará. A investigação envolve recursos de R$ 500 milhões. O Dnit está sob o comando interino do engenheiro Antônio Carlos Nogueira, número dois na hierarquia do órgão, desde a demissão de Marcelo Miranda no início de janeiro.

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