Política

Azambuja adota cautela ao falar sobre prisão de ex-governador de MS

André Puccinelli foi preso preventivamente pela Polícia Federal

Kleber Clajus e Leonardo Rocha | 14/11/2017 10:31
Reinaldo Azambuja disse que delator precisa ter provas e documentos (Foto: Leonardo Rocha)
Reinaldo Azambuja disse que delator precisa ter provas e documentos (Foto: Leonardo Rocha)

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) adotou cautela, nesta terça-feira (14), ao comentar a prisão preventiva de seu antecessor, André Puccinelli (PMDB), durante operação da Polícia Federal, em Campo Grande. Esta é a quinta fase da Lama Asfáltica.

“Nunca deve-se se condenar alguém antes do processo transitado em julgado. É necessário esperar a apuração e a Lama não começou hoje. Se houve desvio de recursos públicos, estes precisam voltar aos cofres. Se houve delação tem que ter provas e documentos”, disse Azambuja, logo depois de evento na AEM-MS (Agência Estadual de Metrologia).

Conforme a PF, a operação tem como alvo uma organização criminosa que teria causado R$ 235 milhões em prejuízos aos cofres públicos. A 5ª fase da Lama Asfáltica é resultado de delação premiada de Ivanildo da Cunha Miranda, empresário e pecuarista operador do esquema de propina.

Não é a primeira vez que André é alvo desta operação. Na fase passada, a Justiça determinou a colocação de uma tornozeleira eletrônica. Puccinelli foi governador por duas vezes (2007 a 2014) e tinha planos de se candidatar novamente em 2018. 

No sábado (18), o PMDB faria convenção estadual que elegeria o ex-governador como presidente do partido. 

Operação – Policiais federais chegaram por volta das 6h à casa do ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB). Ele e o filho, André Puccinelli Júnior, conforme a PF, foram presos preventivamente.

Conforme a Polícia Federal, a operação teve como alvo uma organização criminosa que teria causado R$ 235 milhões em prejuízos aos cofres públicos.

Ainda segundo a corporação, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária, seis de condução coercitiva, 24 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas.

As medidas foram cumpridas em Campo Grande, Nioaque, Aquidauana e São Paulo (SP), com a participação de mais de 300 policiais federais, servidores da CGU (Controladoria Geral da União) e servidores da Receita Federal.

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