Política

Atentado contra casa de prefeito reacende guerra política em Paranaíba

Wendell Reis | 22/02/2012 11:09

Prefeito diz que é candidato à reeleição após o atentado contra sua residência

Montagem mostra marcas deixadas pelos tiros na casa do prefeito. (Foto: Divulgação)
Montagem mostra marcas deixadas pelos tiros na casa do prefeito. (Foto: Divulgação)

O atentado à casa do prefeito de Paranaíba, José Garcia de Freitas, o Zé Braquiara (PDT), ocorrido no sábado (18), reacendeu uma guerra já declarada entre o atual prefeito e o ex-prefeito do Município, deputado Diogo Tita (PPS). O prefeito, que teve a casa atingida por cinco tiros, atribui o crime a políticos.

Questionado sobre as investigações, Braquiara diz que sua providência é Deus e avalia o ato como covardia. “O cara que faz isso é covarde. Não é homem. É coisa de politiquinho safado que tem em Paranaíba. Neste caso, mandaria prender o deputado. Ele é baixo em tudo”, afirma o prefeito.

Após o atentado, Zé Braquiara afirma que decidiu se candidatar à reeleição. “Não tinha vontade, mas agora com estas atitudes ... São atitudes baixas”. Zé Braquiara ressalta que o seu principal adversário político é o deputado Diogo Tita, mas alega que ele está fora da briga, pois é “ficha suja”.

O deputado Diogo Tita garante que ainda não decidiu se será candidato a prefeito de Paranaíba, mas diz que tem o apoio do Governo, população e de aliados. Tita afirma que não tem processo que o impede de ser candidato e avalia que o atual prefeito diz que ele é ficha suja devido aos números, que revelam uma vantagem de 40% para ele sobre o concorrente.

Diogo Tita diz que não acredita no atentado sofrido pelo prefeito e compara a história com a do ex-prefeito de Dourados, Ari Artuzi, que teria simulado um atentado. “Não tem sentido. Está querendo usar gesto de bandido para se tornar vítima e subir em pesquisa. Crime impossível. Matar um morto. Sou contra a violência. A quem interessa dar um tiro em um prefeito que não está na casa dele?”.

Tita afirma que Paranaíba está afundada em corrupção e se aproxima de Dourados, durante a administração de Artuzi. O deputado avalia que o município regrediu com este fato. “Um deputado que já foi prefeito, tem 60% nas pesquisas e só 8% de rejeição vai dar um tiro na casa dos outros? O comentário geral é de que ele mandou. Gesto de bandido tem que ser avaliado pela polícia. O suposto atentado só pode interessar a ele próprio, que está mal na pesquisa. Foi um tiro no pé”.

O Campo Grande News tentou entrar em contato com a delegacia de polícia do município, mas ninguém atendeu as ligações. Após o atentado, a polícia revelou que analisaria imagens de câmeras de segurança de casas vizinhas para tentar identificar os autores.

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