Até o Papa troca o nome de MS, diz arcebispo Dom Vitório
O deputado Antônio Carlos Arroyo (PDT) resolveu apresentar como PL (Projeto de Lei) e não como PEC (Proposta de Emenda a Constituição), conforme estava previsto, tentativa de realizar consulta popular sobre a mudança do nome de Mato Grosso do Sul.
O projeto, na verdade, serve como autorização para que plebiscitos sejam realizados, o que até então não era prevista na legislação estadual.
O PL regulamenta regras para a consulta, seguindo procedimentos já adotados em nível federal. Prevê apresentação de plebiscitos caso tenha a adesão de um terço dos deputados na Assembléia Legislativa, ou encaminhado por iniciativa popular.
O projeto do deputado também prevê que qualquer plebiscito terá de ser convocado com pelo menos 60 dias de antecedência, e com apenas uma pergunta, sobre um assunto.
No Legislativo, alguns parlamentares avaliaram que a Constituição Federal já garantia o direito à consulta, mas outros interpretaram que seria necessária a previsão em lei estadual, por isso a apresentação nesta quinta-feira.
O deputado Arroyo espera a adesão em peso dos 24 deputados à idéia. O documento, pouco tempo após ser lido, já contava com 6 assinaturas.
Durante a argumentação pelo projeto, o deputado contou que foi procurado pelo arcebispo de Campo Grande, Dom Vitório Pavello, que manifestou apoio a mudança do nome para estado do Pantanal. "Perguntei o porquê, e ele disse que quando vai a Itália até o santo Papa se referia ao arcebispo como de Campo Grande, Mato Grosso". A assessoria de Dom Vitório confirma a posição.
Segundo Arroyo, durante anos o suplemento de Agronegócios da Folha de São Paulo, por exemplo, também se referiu a Campo Grande - MT e Dourados