Política

Articulações da nova Câmara incluem secretaria de Bernal para o PMDB

Danúbia Burema | 31/10/2012 15:27
Paulo Siufi seria convidado para assumir Saúde dando vaga de presidente a nome da base de Bernal (Foto: Arquivo)
Paulo Siufi seria convidado para assumir Saúde dando vaga de presidente a nome da base de Bernal (Foto: Arquivo)

Temendo eleição traumática na disputa pela mesa diretora da Câmara Municipal de Campo Grande, vereadores já têm se articulado na em busca de consenso. A indicação de peemedebista para a secretaria municipal de Saúde tem sido vista como alternativa para acalmar os ânimos. A participação do partido no mandato do rival Alcides Bernal (PP) seria em troca de uma trégua no Legislativo Municipal, onde o PMDB tem a ampla maioria.

Com 21 dos 29 vereadores eleitos na coligação do candidato derrotado Edson Giroto (PMDB), Bernal precisará de jogo de cintura para administrar. Já com a presidência da Câmara nas mãos da base aliada, a relação ficaria mais amena. O nome visto com capacidade de “aglutinar os dois blocos” que se formarão na Câmara é o da vereadora Rose Modesto (PSDB).

A tucana foi eleita com a segunda maior votação da Câmara e encontra respaldo entre os colegas. Para o vereador Carlos Augusto Broges (PSB), ela é uma das principais opções de voto. Rose, por sua vez, admitiu participar da disputa, se "houver consenso entre os colegas”.

Apesar de compor a base aliada de Bernal, ela declarou ainda ver com bons olhos a indicação de Siufi para a Saúde. “Se fosse isso a cidade estaria com um bom representante nessa pasta”, afirmou.

O presidente da Câmara admitiu ter ouvido conversas sobre sua participação na próxima administração, mas limitou-se a dizer que decisão sobre o assunto caberia ao partido. Sobre a eleição da futura mesa diretora, ele avaliou que será um processo “traumático”, sendo difícil consenso.

 

O presidente do diretório regional do PMDB, Esacheu Nascimento, afirmou que havendo consulta formal sobre a indicação de Siufi, o assunto será discutido com a executiva. Questionado se a legenda fará oposição a Bernal, ele reafirmou que a decisão de participar ou não do governo é assunto da direção do partido.

Na avaliação dele, a participação do PMDB na Saúde seria uma forma de “consertar” erros cometidos na administração anterior. 

Incoerência - Na avaliação do prefeito Nelsinho Trad (PMDB), a participação do partido na próxima administração seria “incoerente”.  “Até porque o PMDB foi oposição durante a campanha”, avaliou.

Bernal negou convite a Siufi para compor a secretaria. “Isso ai é mais uma especulação irresponsável dos peemedebistas”, declarou. Na próxima terça-feira ele se reúne com os vereadores para opinar nos projetos importantes que serão votados pela Câmara ainda neste ano. A previsão é de o prefeito eleito inclusive usar a tribuna durante a sessão.

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