Política

Aprovado programa que permite "adotar" animal de rua, sem levar para casa

Programa "Animal Comunitário" visa dar melhores condições a cães e gastos que estão nas ruas

Leonardo Rocha | 27/08/2020 12:38
Vereadores durante votação en sessão virtual (Foto: Divulgação - CMCG)
Vereadores durante votação en sessão virtual (Foto: Divulgação - CMCG)

Os vereadores aprovaram a criação do programa “Animal Comunitário”, onde as pessoas poderão adotar cães e gatos que estão na rua, sem precisar levar para sua residências, apenas dando todo cuidado e sendo tutores do animal, que sempre está na comunidade.

O atual Código de Polícia Administrativa diz que é proibido manter animais nas vias públicas, com a mudança no texto, os cães e gatos podem permanecer nas vias públicas, se forem bem cuidados pela comunidade local.

A proposta da prefeitura municipal diz que entram neste contexto, os animais que estabeleceram laços de “afeto e dependência” na comunidade, mesmo que não tenham um único proprietário. Intenção é que tenham boa alimentação, melhores condições, vacinas e castração.

Os tutores poderão inclusive colocar casinhas nas vias públicas, calçadas, órgãos e empresas para abrigar este animal, sendo devidamente cadastrados na prefeitura. “Em um mundo ideal, não deveriam existir animais nas ruas. Contudo, no Brasil, essa é uma realidade na maioria das grandes cidades, e é considerada uma questão de relevância em bem-estar animal e saúde pública”, diz o texto.

Cahorro de rua que é alimentado em condomínio da Capital (Foto: Arquivo - Campo Grande News)

Regulamentação -  Em entrevista ao Campo Grande News, a subscretária da Causa Animal, Ana Cristina Camargo, explicou que após a proposta sair da Câmara Municipal, ela será regulamentada pela prefeitura, que vai definir como este programa irá ocorrer na prática.

“Nossa intenção é dar melhores condições a estes animais de rua, podendo identificá-los, fazer o controle com a castração e ainda ter o bem estar, com alimentação, água e até a colocação de casinhas em vários locais”,  citou ela.

Camargo ponderou que o objetivo inicial é que os animais sejam adotados, no entanto destacou que alguns, como gatos, são “ariscos” e dificilmente ficariam em um local específico. “Não são sociáveis, mas dá para gente dar bons condições e dignidade ao animal, principalmente o controle, com a castração”.

Ela mencionou que o programa também vai dar “amparo” para pessoas e entidades que já realizam este trabalho com animais de rua, mas que fazem por “conta própria”, sem ajuda do poder público.  

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