Política

Após temor de rebelião, só uma chapa se inscreve para eleição do PT de MS

Zemil Rocha | 12/08/2013 20:32
Acordo entre Delcídio, Zeca e outras correntes garante unidade do PT (Foto: Arquivo)
Acordo entre Delcídio, Zeca e outras correntes garante unidade do PT (Foto: Arquivo)

O acordo do PT resultou hoje na inscrição de chapa única que contempla a participação de todas as correntes internas no Diretório Regional, sem maioria isolada para nenhuma delas. Um acordo inicial em torno do nome do prefeito de Corumbá, Paulo Duarte, para a presidência estadual do partido, ampliou-se para a composição de todo o Diretório. Nesta segunda-feira, às 20 horas, venceu o prazo para apresentação de chapas para o PED (Processo de Eleições Diretas), cuja votação ocorrerá em novembro.

Havia temor de que alguma corrente não respeitasse o acordo e, rebelando-se, lançasse uma chapa de última hora. “Tudo está caminhando para uma chapa só, mas o seguro morreu de velho. Pode de repente alguém resolver lançar”, afirmou o presidente regional do PT, Marcus Garcia, pouco antes das 20 horas.

Marcus Garcia confirmou que na chapa consensual articulada foi respeitado a atual força de cada corrente. “Todo mundo já sabe seu tamanho”, declarou o presidente. Embora o senador Delcídio do Amaral não tenha maioria apenas considerando a sua corrente, teria feito acordos que garantem essa hegemonia. “Delcidio se articulou internamente e tem maioria”, garantiu.

As duas maiores correntes petistas - “Construindo um Novo Brasil”, de Zeca do PT, e “Movimento PT”, liderada pelo senador Delcídio do Amaral - ficaram com 12 e 10 vagas, respectivamente, de um total de 46. Delcídio, porém, tem também o apoio de correntes menores: a corrente “Partido dos Trabalhadores de Luta e de Massas”, do ex-deputado federal João Grandão, com 3 membros; a “Democracia Socialista”, da vereadora licenciada Thais Helena, com 3 membros; a “Esquerda Popular Socialista”, e do presidente do PT na Capital, Gildo Oliveira, com uma vaga.

Já a corrente “Articulação de Esquerda”, do deputado estadual Pedro Kemp, ficou com 9 vagas; e a “Corrente Independente”, do deputado federal VanderLoubet, com outras 8 vagas.

Quanto à Executiva Regional do PT, composta por 14 dos 46 integrantes do Diretório Regional, além da vaga do presidente, Paulo Duarte, e do líder da bancada na Assembleia Legislativa, as correntes “Construindo um Novo Brasil”, de Zeca, e “Movimento PT”, de Delcídio, ficaram com três vagas cada uma; a “Corrente Independente” e a “Articulação de Esquerda”, com duas cada qual; e as correntes “Partido dos Trabalhadores de Luta e de Massas” e “Democracia Socialista”, com um membro cada uma.

A definição sobre os cargos de vice-presidente, secretários e tesoureiro-geral, segundo o atual presidente do PT regional, Marcus Garcia, só serão definidos em novembro. Indagado se tem interesse em ser o vice-presidente regional, apesar da oposição do ex-governador Zeca do PT, Garcia respondeu: “Não estou atrás disso”.

Instando a se pronunciar em relação ao fato de Zeca ser contra a indicação dele para a vice-presidência regional do PT, Marcus Garcia garantiu que o correligionário está equivocado. “Enquanto ele pensa que quero uma coisa, estou indo para outro lado”, afirmou o dirigente partidário.

 

 

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