Política

Após onda de violência, vereadores discutem segurança pública da Capital

De investimentos em educação e projetos sociais a implantação de pena de morte. Foram apresentados os mais diversos argumentos

Richelieu de Carlo | 01/08/2017 12:26
Vereador Wellington Oliveira faz leitura de requerimento ao plenário. (Foto: Richelieu de Carlo)
Vereador Wellington Oliveira faz leitura de requerimento ao plenário. (Foto: Richelieu de Carlo)

Após uma série de assassinatos violentos ocorridos nas últimas semanas e que chocaram a população de Campo Grande, vereadores discutiram a situação atual da segurança pública da Capital na sessão desta terça-feira (1°), no retorno do recesso.

O debate teve início com discurso do vereador Wellington Oliveira (PSDB), que utilizou a tribuna do Legislativo para falar sobre seu projeto de lei que estabelece diretrizes de segurança nas escolas públicas municipais. "É uma situação sem controle", disparou sobre a insegurança na Capital.

Para o tucano, a legislação tem se demonstrado insuficiente para coibir crimes, e defendeu investimentos em programas sociais e em educação para tentar reverter o atual panorama. "Precisamos sair da mesmice e trabalhar de forma técnica", concluiu.

Argumento que foi apoiado pelo colega Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), que lamentou o corte no investimento de projetos sociais, principalmente pelo Governo Federal.

Valdir Gomes (PP) destoou do discurso dos outros integrantes da Casa. Disse que a educação no País "deixa a desejar" e defendeu a implantação da pena de morte para coibir a criminalidade. "Se não tiver pena de morte, vai continuar do jeito que está, com presídios cheios e quem tem dinheiro não fica preso. Quem tira a vida como estão fazendo tem que receber a pena de morte".

Ao discordar do colega, Jeremias Flores (Avante) disse ser contra a aplicação da pena de morte, mas se disse favorável à revisão do Código Penal Brasileiro.

Otávio Trad (PTB) lamentou a situação da cidade, que antes era conhecida como segura e com boa qualidade de vida. "Hoje a população está acuada".

Por fim, André Salineiro (PSDB) demonstrou sua insatisfação em discutir segurança pública, mas não ver resultados práticos disso. Informou sobre a crimalidade no Brasil, líder no ranking mundial de homicídios e sétimo em casos dolosos. "Nunca houve um caos como vemos hoje e a tendência é a violência só aumentar", declarou.

O tucano ainda falou sobre a dificuldade para aprovação no Congresso Nacional de projetos para a segurança, pois pouco se fala de campanhas políticas financiadas por organizações criminosas. "Depois não entendem porque os projetos com melhorias na segurança não são aprovados".

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