Política

André sinaliza que não tem preferência por Nelsinho ou Simone, diz Jerson

Zemil Rocha e Luciana Brazil | 12/03/2013 15:40
Jerson se encontrou hoje com o prefeito Alcides Bernal. (Foto: Marcos Ermínio)
Jerson se encontrou hoje com o prefeito Alcides Bernal. (Foto: Marcos Ermínio)

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Jerson Domingos (PMDB), acredita que o governador André Puccinelli deixou claro, com sua proposta de desmembramento da Secretaria de Estado de Governo (Segov), que não há preferência entre o ex-prefeito Nelsinho Trad e a vice-governadora Simone Tebet, para representar o PMDB na disputa pelo governo do Estado em 2014.

“Os dois, tanto Nelsinho quanto a Simone, são pré-candidatos. Qualquer um dos dois pode ser candidato a governador”, afirmou Jerson Domingos. “Vai depender do desempenho de cada um, da capacidade de transformar em realidade as propostas que tem e viabilizar o próprio nome”, acrescentou.

Sinalização nesse sentido, segundo Jerson, foi dada pelo governador André Puccinelli ao avisar que, no projeto de desmembramento da Segov, a estrutura de trabalho de Nelsinho Trad e de Simone Tebet será absolutamente igual. Ambos terão cinco auxiliares, Nelsinho como secretário de Relações Interinstitucionais Municipais e Simone com a parte política da Secretaria de Governo.

Marido da vice-governadora Simone Tebet, o deputado estadual Eduardo Rocha tem a mesma opinião que a de Jerson. “Essa divisão da Secretaria de Governo significa que o governador quer dar a eles uma oportunidade igual. Os dois podem ser candidatos”, declarou o parlamentar.

Para Rocha, a tendência é que os três principais partidos do Estado, PMDB, PT e PSDB, tenham candidato próprio no ano que vem. Embora considere que há possibilidade de aliança eleitoral com o PT, como decorrência da coligação nacional em torno da presidente Dilma Roussef, o deputado acha difícil um acordo já que o PMDB também quer ter cabeça de chapa em Mato Grosso do Sul.

Sobre o candidato a governador do PMDB, Eduardo Rocha considera que é preciso agilizar o quanto antes a definição. “Acho que tem de definir logo quem vai ser, se a Simone ou o Nelsinho. Seja quem for, tem de colocar logo o bloco na rua”, defendeu. Seja qual for o escolhido, Rocha acredita que o PMDB estará bem representado. “Nelsinho tem grande experiência administrativa. A Simone também tem e é uma linda mulher”, comparou.

Irmão do ex-prefeito Nelsinho, o deputado estadual Marquinhos Trad considera que o governador, com a reforma, evidenciou que não tem preferência. . “O governador disse que os dois são filhos dele, não disse qual a sua preferência”, apontou o peemedebista. “Meu apoio é para o Nelsinho, que é meu irmão, mas nós apoiaremos o que o partido indicar. Isso está muito claro para mim e o Nelsinho”, disse.

Quanto a alianças entre partidos, Marquinhos Trad é favorável a um entendimento com o PSDB. Indagado se não estaria desgastada a relação do PMDB com o PSDB no Estado, ele respondeu: “Isso não teria problema na campanha de 2014, as pessoas escolhem pessoas e não partido. Se fosse questão de partido, Bernal não seria candidato e não teria sido eleito prefeito”.

Presidente regional do PMDB, o deputado estadual Owaldo Mochi Júnior considera que o ex-prefeito Nelsinho Trad é o candidato natural do partido á sucessão do governador André Puccinelli. Considera, porém, que Simone é grande opção tanto para o Senado quanto para o governo do Estado.

Diferentemente do que pensa Marquinhos Trad, o deputado Mochi entende que é preciso “despersonalizar” candidatura ao governo, priorizando-se a “legenda”. Mochi considera improvável uma aliança do PMDB com o PT em Mato Grosso do Sul. “Nós já temos candidato próprio. O PMDB não teria porque não ter um candidato próprio”, justificou.

Indagado se a derrota do PMDB em Campo Grande, não acabaria fortalecendo o projeto político do PT, Mochi declarou: “Vamos comparar oito anos do PT com os oito anos do PMDB no governo do Estado. Vamos avaliar se a mudança que a população queria em Campo Grande deu certo”.

 

 

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