Política

André diz que União deve se responsabilizar por conflitos em Miranda

Leonardo Rocha | 14/10/2013 11:11
André diz que governo estadual fez sua parte e cumpriu sua palavra (Foto: Marcos Ermínio)
André diz que governo estadual fez sua parte e cumpriu sua palavra (Foto: Marcos Ermínio)

O governador André Puccinelli (PMDB) afirmou que a União deve se responsabilizar pelas novas ocupações indígenas em fazendas no município de Miranda, já que o governo estadual já havia alertado que caso não houvesse solução sobre esta questão novos conflitos iriam acontecer em Mato Grosso do Sul.

“A União deve responder e se responsabilizar sobre estes incidentes, ela que titulou as terras no Estado, não houve grilagem por aqui, se tanto os índios como os brancos são considerados brasileiros de verdade, então o governo federal tem que resolver”, destacou ele.

Puccinelli fez questão de ressaltar que o governo estadual fez sua parte, com auxílio de alimentação e até de maquinário para as comunidades indígenas, além de participação e alerta sobre as condições do conflito. “Ajudamos e cooperamos sobre esta questão, além de cumprir com a palavra empenhada”, avaliou.

Ocupações – Cerca de 300 indígenas da etnia terena ocuparam na última quarta-feira (9) uma área de 3,2 mil hectares no município de Miranda. Na sexta-feira duas viaturas e homens da Policia Federal acompanharam a ocupação. Esta área abrange várias chácaras, como a Esperança a Trator Mil.

Negociações – O deputado estadual Pedro Kemp (PT) irá enviar hoje documento ao Ministério da Segurança pedindo a “reabertura” da negociação entre o governo federal com os indígenas e produtores rurais de Mato Grosso do Sul. Ele destacou que após o fracasso da tentativa de compra das terras pro meio de TDA (Título da Dívida Agrária), a União não sugeriu nenhuma pauta e parou com o diálogo.

“O ritmo estava bom nas negociações, mas depois parou de vez, não podemos deixar este assunto esfriar sem que haja um posicionamento da União, até porque novas tragédias podem acontecer e tanto com os índios, produtores e policiais”, apontou ele.

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