Política

André avisa que não vai aceitar imposições de Valter

Redação | 21/08/2009 09:09

O governador André Puccinelli avisou nesta manhã que não vai aceitar imposições do senador Valter Pereira, que está pressionando o PMDB a definir, até o fim de agosto, as regras para a escolha de quem disputará o cargo em 2010.

"Acordo e imposições comigo não funcionam. Prazos e determinações, comigo não funcionam. Os únicos que me determinam são meus netos, porque fiquei bobão e babão com eles, mas nem a minha mulher me impõe nada", disparou o governador, admitindo que se reuniu com Valter na semana passada, para discutir o assunto.

Agoniado com a demora do PMDB em definir as regras do jogo, Valter avisou que só vai esperar até o fim do mês para definir seu rumo político.

Ontem, à imprensa nacional, o senador avisou que está sendo cortejado por partidos como PPS, PSDB, PTB e PSB.

Dentro do PMDB, seu maior entrave é o deputado federal Waldemir Moka. Apesar de André ter garantido ontem que não tem preferidos para a disputa, Moka tem garantido o apoio da maioria dos prefeitos do Estado.

Os prefeitos de Campo Grande, Nelsinho Trad, e de Três Lagoas, Simone Tebet, também são "cartas na manga" do governador para o Senado.

Valter Pereira terá de calcular muito bem seus próximos passos, para não se suicidar politicamente em 2010.

PPS e PSDB, dois partidos que cortejam o senador, devem permanecer ligados a Puccinelli em 2010. Se isso realmente se confirmar, Valter Pereira continuará enfrentando o mesmo problema de espaço, tendo de disputar a segunda vaga ao Senado com aliados.

Por outro lado, se aderir ao PTB ou PSB, pode enfrentar problemas do lado adversário. Os dois partidos tendem a apoiar Zeca do PT em 2010.

Desta forma, Valter também não teria espaço, já que a primeira vaga já é do senador Delcídio do Amaral e a segunda pode ficar com Dagoberto Nogueira, do PDT.

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