Política

Alvo de Operação, empresário João Baird está preso na PF

Inquérito que tramita no STJ (Superior Tribunal de Justiça) investiga as denúncias da J&F

Gabriel Neris e Geisy Garnes | 12/09/2018 15:44
Irmão de João Baird foi até a Superintendência da PF na tarde desta quarta-feira (Foto: Geisy Garnes)
Irmão de João Baird foi até a Superintendência da PF na tarde desta quarta-feira (Foto: Geisy Garnes)

O empresário João Roberto Baird, um dos alvos da operação Vostok, deflagrada nesta quarta-feira (12) já está preso na Superintendência da PF (Polícia Federal), em Campo Grande. O inquérito que tramita no STJ (Superior Tribunal de Justiça) investiga as denúncias da J&F, controladora da JBS, sobre a troca de incentivos fiscais por propinas em Mato Grosso do Sul.

O irmão do empresário, João Queiroz Baird, saiu no início desta tarde da Superintendência onde foi saber notícias sobre a prisão do irmão. "Vim como família, o sangue que corre nas veias dele corre na minha", comentou ao deixar o local.

Conforme as investigações, na planilha entregue na delação à operação Lava Jato, Wesley e Joesley Batista relataram que o modelo de pagamento por meio de Tares (Termos de Acordo de Regime Especial) surgiu ainda na gestão de Zeca do PT, foi mantida por André Puccinelli (MDB) e prosseguiu com Reinaldo Azambuja (PSDB).

Os delatores indicaram pagamentos por meio de notas frias ao atual governador, além da entrega de R$ 10 milhões em mãos. As notas do frigorífico Buriti foram emitidas entre 10 de março e 15 de julho de 2015, totalizando R$ 12.903.691,06.

Outros R$ 15.497.109,40 foram fornecidos por meio de notas falsas. Os emissores foram o pecuarista Elvio Rodrigues (R$ 7,6 milhões), Rubens Massahiro Matsuda (R$ 383 mil), Agropecuária Duas Irmãs Ltda (R$ 886 mil), o deputado estadual José Roberto Teixeira (R$ 1,6 milhão), Miltro Rodrigues Pereira (R$ 1 milhão).

Além de Zelito Alves Ribeiro (R$ 1,7 milhão), o ex-deputado estadual Osvane Aparecido Ramos (R$ 847 mil), Francisco Carlos Freire de Oliveira (R$ 583 mil), o ex-prefeito Nelson Cintra Ribeiro (R$ 296 mil); e o conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado), Márcio Monteiro (R$ 333 mil). Os nove estão na lista dos mandados de prisão temporária, com validade de cinco dias.

 

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