Política

Bernal acusa PMDB de tentar barrar, em Brasília, sua pré-candidatura na Capital

Wendell Reis | 22/11/2011 13:33

O deputado e pré-candidato do PP à Prefeitura de Campo Grande, Alcides Bernal, revelou na manhã desta terça-feira (22) na Assembleia Legislativa que o PMDB tentou “cooptar” o PP nas eleições em 2012, prometendo em troca uma vaga de deputado federal para o partido.

Segundo Bernal, o governador André Puccinelli (PMDB) teria tentado um acordo em Brasília para que o PP desistisse de lançar candidatura em Campo Grande. O deputado explica que o acordo se daria da seguinte forma: Se o deputado federal Edson Giroto (PR) for eleito prefeito, a vaga ficaria para Akira Otsubo (PMDB), que também deve ser candidato à prefeitura em Bataguassu.

Nessa projeção, Sérgio Assis é o próximo suplente. Com problemas no PSB, ele se mudaria para o PP e garantiria a vaga ao partido, que hoje é da base aliada da presidenta Dilma Rousseff (PT). Sobre a possibilidade, o deputado entende que pode “se Deus permitir, ser deputado federal sem a ajuda de Puccinelli”.

Bernal afirma que o projeto de Puccinelli teria o apoio de outros integrantes do PP no Estado, alinhados ao gruypo do governador e do prefeito Nelson Trad (PMDB). Apesar das acusações de tentativas de acordo, ele garante que o partido lhe dará condições de disputa, baseado em um projeto com apoio popular. Bernal também defende o lançamento de maior número de canedidatos para fortalecer o debate na Capital.

Não larga o osso - Apesar de defender o debate de ideias nas eleições, o deputado deve prorrogar a sua permanência no comando do partido, sem eleição. Quando assumiu provisoriamente o partido, o deputado prometeu reestruturar e realizar a eleição até o dia 30 de novembro. Porém, alega que a executiva nacional solicitou que ele prorrogue sua permanência por mais seis meses.

O deputado garante que tem o apoio do partido e vai buscar as condições mínimas para a disputa. Entretanto, ainda enfrenta resistência dentro do próprio PP. O presidente municipal do PP em Campo Grande, Paulo Matos, alega que o deputado não fala sobre o partido com os demais membros. Matos defende debate para definir o candidato e ver se o partido tem reais condições de disputar.

Bernal afirma que o PP está com as contas em dia desde que ele assumiu. Porém, admite que há uma determinação da Justiça Eleitoral para que o fundo partidário seja suspenso por quatro meses, por conta de irregularidades encontradas na prestação em 2008. O prejuízo chegaria a R$ 100 mil nos quatro meses. Segundo o presidente do PP, o partido apresentou a prestação, mas faltaram alguns documentos. A época o partido era presidido por Antônio Cruz, hoje no PMDB. Todavia, caso fique constatado o prejuízo para o partido, Bernal promete um pedido de indenização.

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