Política

Afundado em escândalos, PT busca voltar às origens esquerdistas

Leonardo Rocha | 16/05/2016 11:38
Presidente estadual do PT, Antônio Carlos Biffi, busca aliados de esquerda (Foto: Arquivo)
Presidente estadual do PT, Antônio Carlos Biffi, busca aliados de esquerda (Foto: Arquivo)

Após derrotas nas eleições estaduais e municipais em Campo Grande, tendo ainda neste ano o afastamento da presidente Dilma Rousseff, a direção estadual do PT em Mato Grosso do Sul pretende montar sua estratégia de campanha junto aos movimentos sociais e partidos aliados de esquerda. Será uma volta às origens da legenda.

O presidente estadual, o ex-deputado Antônio Carlos Biffi (PT), disse que o partido já está articulando as campanhas em diversos municípios do Estado, com algumas definições. Em Campo Grande, o pré-candidato a prefeito será o vereador Marcos Alex (PT). "Agora vamos buscar alianças, procurando os partidos de esquerda, como o PC do B, PDT e PSOL", disse ele.

Biffi reconheceu que o partido vai montar estratégia de atuação junto aos movimentos sociais. "A história do PT e dos movimentos (sociais) se confundem, sempre trabalhamos juntos, tanto que no governo federal, houveram muitos benefícios sociais". Ele citou por exemplo a criação da Frente Brasil Popular, que vai definir o calendário de ações para o ano.

Sobre o impacto do afastamento da presidente para o partido, Biffi ponderou que vai afetar não apenas o PT e sim todo processo eleitoral. "Cria um problema para classe política, sobre a valorização do voto, as pessoas vão dizer que no final não vale, a sua escolha não será respeitada".

Também declarou que no Estado, o partido segue "tranquilo", porque não tem representantes investigados em esquemas de corrupção. "Não há envolvidos do PT em operações como Coffee Break ou Lama Asfáltica".

Em Campo Grande, o PT nunca conseguiu eleger um prefeito, chegando perto em 1996, na disputa entre Zeca do PT e André Puccinelli (PMDB). Já no âmbito estadual, teve dois mandatos seguidos, com vitórias (eleitorais) em 1998 e 2002. Na última eleição, em 2014, Delcídio do Amaral perdeu no 2° turno para Reinaldo Azambuja, em disputa pelo governo estadual.

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