Política

Abandonada pelo MDB, Simone ganha afago de colegas na reta final

Novo presidente do Senado Federal será eleito amanhã à tarde em votação secreta

Aline dos Santos | 31/01/2021 11:49
Na quinta-feira, Simone Tebet anunciou candidatura independente à presidência do Senado. (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)
Na quinta-feira, Simone Tebet anunciou candidatura independente à presidência do Senado. (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

Abandonada pelo próprio partido, a senadora Simone Tebet (MDB) ganhou afagos de colegas na reta final eleição, que será realizada amanhã, para presidente do Senado Federal. 

O cargo é disputado por Tebet em candidatura avulsa, Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Major Sérgio Olímpio (PSL-SP),  Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Lasier Martins (Podemos-RS). Pacheco tem apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e aparece em levantamento da imprensa nacional à frente na disputa.

Na sexta-feira (dia 29), a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) publicou artigo em que apoia a candidatura de Simone e faz críticas a rasteiro jogo de interesses. 

“Chegou o momento de o Senado Federal mostrar sua independência do governo federal. Vamos eleger a primeira mulher presidente do Senado e refletir a nossa força, ética e sensibilidade para enfrentar, vencer essa crise e fortalecer a nossa democracia”, afirma a senadora tucana.

Na semana passada, o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR)  também defendeu a eleição da emedebista, publicando artigo intitulado “Por que voto em Simone Tebet”.

Conforme o senador, a candidatura de Tebet é baseada na sua história pessoal e chegará ao cargo com independência, tendo compromissos, apenas, com sua biografia e sua pauta como candidata. “Isso implica compromisso com a independência do Senado e a luta constante em defesa dos interesses maiores da nação”.

Ex-presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (MDB-AL) oficializou apoio à senadora Simone Tebet por meio de uma nota publicada em suas redes sociais. 

“Em nome dos preceitos sagrados da democracia, da independência dos poderes e respeito à proporcionalidade, reitero o apoio e voto em Simone Tebet, que traz ainda a força da mulher e da renovação. A eleição das mesas é um divisor de águas entre a barbárie e a civilidade, entre o isolamento e a cooperação que retardam a vacinação no Brasil”, postou Calheiros.

Conforme divulgado pela assessoria de imprensa da parlamentar, ao longo da campanha, Simone Tebet tem recebido o apoio expresso de diversos colegas em exercício, ex-senadores, entidades e movimentos sociais.

Eleição – De acordo com a Agência Senado, o presidente será escolhido em votação secreta, realizada amanhã  à tarde.  Em seguida, o eleito toma posse e define a realização de uma segunda reunião preparatória, dessa vez para a escolha dos demais integrantes da Mesa: dois vice-presidentes e quatro secretários (com os respectivos suplentes).

Será considerado eleito o candidato que obtiver “maioria de votos, presente a maioria da composição do Senado”. Desde a promulgação da Constituição de 1988, todas as eleições tiveram quórum de pelo menos 72 senadores e todos os eleitos receberam pelo menos 41 votos, ou a maioria absoluta.

Nos siga no