Política

"Todo mundo tem que contribuir", diz senadora sobre protesto de policiais

Em evento sobre a Reforma, líder do Governo pontuou sobre a resistência de policiais federais em aceitar a proposta.

Adriano Fernandes e Tainá Jara | 05/07/2019 20:21
Deputada federal Joice Hasselman, líder do Governo Federal na Câmara. (Foto: Paulo Francis)
Deputada federal Joice Hasselman, líder do Governo Federal na Câmara. (Foto: Paulo Francis)

Na Capital, durante evento sobre a Reforma da Previdência, a deputada federal Joice Hasselman, líder do Governo Federal na Câmara, discorreu sobre os principais pontos relacionados ao tema, entre eles a resistência de polícia federais em aceitar a proposta.

A categoria foi uma das que mais apoiou a eleição do presidente Jair Bolsonaro (PSL), mas se mostrou contrária aos critérios do texto aprovado na comissão especial da Câmara. Com a reforma a idade mínima para aposentadoria dos policiais federais ficará em 55 anos, com tempo mínimo de contribuição de 30 anos.

No entanto, a sugestão dos servidores, rejeitada durante as discussões sobre a proposta, era que a idade mínima para a categoria fosse de 53 anos (homem) e 52 anos (mulher). “Não podemos criar uma categoria totalmente diferenciada para fora da reforma. Então, todo mundo tem que dar uma contribuição. O pedreiro, por exemplo, e o dono da empreiteira vão se aposentar aos 65 anos a partir de agora. No texto, os policiais se aposentam aos 55 anos . Já são dez anos a menos.

Joice ainda completou. “Nos ainda flexibilizamos, mas ainda assim, lamentavelmente, a categoria não aceitou”, comentou, durante o evento que ocorreu esta noite no Sebrae em Campo Grande. A deputada veio à Mato Grosso do Sul a convite do líder do movimento Brasil 200 em Mato Grosso do Sul e CEO da empresa KnowHow, Filipe Trinda e seus sócios Sarah Barros e Pedro Pereira.

 

Joice entre os outros palestrantes do evento deste noite. (Foto: Paulo Francis)

Reforma - O texto da reforma da previdência foi aprovado na madrugada de hoje (5) na comissão especial da Câmara dos Deputados e segue agora para o plenário da Casa. A expectativa do Governo, conforme a deputada é de que a reforma seja votada até a próxima quarta-feira (10) em dois turnos, para então seguir ao Senado.

“Onde é mais ‘tranquilo’ justamente por ser uma casa revisora, menor. São 81 cabeças pensantes e não 513 como na Câmara”, concluiu.

Depois de 16 horas de debates, os deputados integrantes da comissão especial aprovaram dois destaques e rejeitaram 13. O primeiro destaque aprovado permitiu que policiais militares e bombeiros continuassem a se aposentar pelas regras estaduais.

O segundo destaque devolveu a isenção da contribuição previdenciária para exportadores rurais, que renderia R$ 83,9 bilhões aos cofres federais em uma década. Entre os destaques rejeitados, estava justamente o que criaria regras diferenciadas para policiais que servem a União (como policiais federais, policiais rodoviários federais e policiais legislativos), o que retiraria os professores da reforma da Previdência e o que reinstituiria o gatilho para as idades mínimas de aposentadoria. 

Confira como está a reforma da Previdência através deste link. 

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