Política

“Decisão está com Temer”, afirma Marun sobre indicação para ministério

No PMDB, nomeação do deputado para a Secretaria de Governo é vista como certa; deputado de MS reforça que cabe a Michel Temer avaliar o melhor front para ele atuar

Humberto Marques | 28/11/2017 17:48
Marun afirma que não há uma data definida para nomeação; PMDB prevê ida para ministério em dezembro.  (Foto: Luiz Macedo/Câmara dos Deputados)
Marun afirma que não há uma data definida para nomeação; PMDB prevê ida para ministério em dezembro. (Foto: Luiz Macedo/Câmara dos Deputados)

A nomeação do deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) para a Secretaria de Governo da Presidência da República é uma questão de dias, conforme fontes consultadas pelo Campo Grande News no Congresso Nacional. O próprio deputado afirma aguardar a decisão final do presidente Michel Temer sobre a indicação, feita de maneira unificada pela bancada do partido no Legislativo federal.

Marun chegou a ter a posse anunciada nas redes sociais do Palácio do Planalto em 22 de novembro, mesma data em que Antônio Baldy tomou posse como ministro das Cidades –que, como a pasta de Governo, era gerida por um indicado pelo PSDB.

No entanto, a posse acabou adiada em meio a um pedido do senador Aécio Neves (PSDB-MG). A intenção era a de manter o tucano Antônio Imbassahy na Secretaria de Governo, pelo menos, até 9 de dezembro, quando será realizada a conferência nacional do PSDB –que deve, além de eleger a nova cúpula nacional da legenda, sacramentar o afastamento do partido do Governo Temer.

Apesar dessa movimentação do Palácio do Planalto, fontes do PMDB nacional apontam que o apoio a Marun não foi afetado. Em reunião das bancadas do partido no Congresso, optou-se pela indicação do deputado sul-mato-grossense, que ganhou projeção nacional pela defesa de Michel Temer e das propostas do governo na Câmara dos Deputados.

Além desse fator, a lealdade demonstrada até aqui ao presidente e o PMDB e a disposição de não disputar a reeleição, permanecendo até o fim no ministério, pesaram na decisão.

Carlos Marun discorda que a desistência de concorrer a um mandato em 2018 tenha pesado na decisão. “Vários outros colegas também se dispuseram a não concorrerem a reeleição. O importante é que, pela primeira vez, a bancada do PMDB, que costuma ter posições diversas, uniu-se em torno de uma indicação, apontando o meu nome”, afirmou o parlamentar.

Dia D – A conferência do PSDB foi marcada para 9 de dezembro, na sede nacional do partido em Brasília. Entre os peemedebistas, diante do pedido de Aécio, a data é vista como o marco para a possível nomeação de Marun.

O deputado, porém, evita estabelecer um marco para a nomeação. “Não se discutiu a questão de datas para a nomeação. É o presidente quem decide se é interessante ao governo ou não a minha presença no ministério ou no Congresso. A decisão está com o presidente Temer”, disse.

Embora haja a tendência de o PSDB romper com o Governo Temer, nomes do partido como Imbassahy podem continuar no Planalto, mas como indicação do presidente. O atual ministro da Secretaria de Governo chegou a ser cotado no Ministério da Transparência.

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