Voluntários fazem limpeza de rio, mas o que preocupa é o assoreamento


Cerca de 50 pessoas, entre moradores e policiais militares ambientais, retiraram meia tonelada de lixo do Rio Pardo, em Ribas do Rio Pardo. O mutirão foi feito no sábado em comemoração ao Dia Nacional do Meio Ambiente, que foi na quinta-feira (5). Apesar do lixo, o que preocupa é o assoreamento do rio.
A tradicional navegação para a limpeza das margens do rio, que nasce em Camapuã, acontece há oito anos. O major da PMA (Polícia Militar Ambiental), Edmilson Queiroz, diz que além do lixo, outra questão preocupante é o assoreamento do rio. “O recolhimento de cerca de meia tonelada de lixo, nos leva a constatação de que em oito anos a situação melhorou, mas é triste ver o assoreamento do espaço”, lamenta.
Conforme a história, no século XVII, as terras de Ribas do Rio Pardo foram explorados pelos Bandeirantes que vinham de São Paulo pelos Rios Tietê, Paraná até o rio Pardo, em busca de ouro. Em alguns trechos, o rio chegou a ter 10 metros de profundidade, mas hoje, chega a apenas 40 centímetros.
Ciente do problema, o secretário municipal Mário Augusto Vissoto, que coordenou as atividades, diz que o município desenvolve estudos e projeto no intuito de conseguir recursos do Governo Federal para resolver a situação.
Durante a limpeza, os voluntários encontraram espuma de sofá, grade de ventilador, bola de futebol, garrafas pet e de vidro, grande quantidade de anzol de galho e “cevas”, que são proibidos por lei na pescaria. A maioria do lixo é deixada por pescadores, conforme a Polícia. Na ação foram utilizados 20 barcos para fazer o transporte do pessoal no rio.