Meio Ambiente

Sobrevivente do fogo no Pantanal, onça Joujou é vista 7 meses após recuperação

Atualmente, animal é monitorado por colar que emite sinais GPS e VHF

Liniker Ribeiro | 01/09/2021 15:59

Vítima de incêndios na Serra do Amolar, em novembro do ano passado, a onça Joujou foi vista por pesquisadores, nesta terça-feira (31), sete meses depois de ser devolvida à natureza. A boa forma do animal impressionou a equipe, que monitora o felino desde janeiro, quando ele retornou ao Pantanal, após dois meses em recuperação, na Capital. 

Mesmo que rápido, o encontro aconteceu próximo a Reserva Particular do Patrimônio Natural Acurizal e encantou três pesquisadoras que estavam na região. 

“Ficamos entre sete e dez minutos acompanhando ele de longe. Ele andou na beira do barranco, continuou se movimentando, até perdermos ele de vista. Foi bem lindo”, relata a ecóloga e gestora de áreas do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), Vanessa Morais. 

Vídeos gravados por Vanessa mostram Joujou caminhando, tranquilamente, pela região. Além dela, também estavam no barco a bióloga e doutoranda em Ecologia Nathalie Foerter e a médica veterinária e Drª em Ecologia, Grazielle Soresini, ambas do projeto Ariranhas. 

Monitoramento - Análises das informações repassadas por meio de por GPS e VHF, apontam que Joujou tem apresentado comportamento normal em seu habitat natural e que, inclusive, prefere descansar na sombra das árvores entre 10h e 14h. 

Equipe do programa Felinos Pantaneiros acompanha a onça desde o dia 23 de janeiro, quando foi solta operação que contou com apoio do IHP, Onçafari, Gretap, Imasul, ICMBio, CRMV/MS e Força Aérea Nacional.

Nas primeiras semanas, o acompanhamento era diário e in-loco, onde a maior preocupação era saber se voltaria a caçar presas nativas e se adaptaria ao colar GPS/VHF. Dois dias após da soltura, a equipe encontrou Joujou próxima a uma carcaça de capivara, o que demonstrou a rápida readaptação ao seu território. 

Desde então, Joujou vive em áreas de duas RPPNS (Penha e Acurizal), praticamente estabilizou sua área de vida em 100 km² e seu maior deslocamento diário foi de 15 km, porém, a média é 6 km/dia, exceto nos dias frios, onde se movimenta muito pouco. 

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