Meio Ambiente

Secretaria interdita curtume por mau cheiro no distrito industrial da Capital

Edivaldo Bitencourt e Helton Verão | 24/04/2013 19:05
Policiais militares acompanharam a interdição (Foto: João Carrigó)
Policiais militares acompanharam a interdição (Foto: João Carrigó)

A Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) interditou, por volta das 16h de hoje, o curtume Qually Peles, no Indubrasil (Distrito Industrial de Campo Grande). A interdição foi realizada por técnicos com o apoio de duas viaturas da Polícia Militar.

Segundo o Departamento de Meio Ambiente da Semadur, a interdição ocorreu em decorrência do mau cheiro. A interdição foi determinada pela chefe da Divisão de Fiscalização e Monitoramento Ambiental da Semadur, Zuleide Tomiko Katayama.

Na semana passada, moradores fizeram um protesto contra a poluição ambiental causada pelo frigorífico.

O advogado da empresa, Arlindo Murilo Muniz, negou que a empresa esteja irregular com o município. Ele explicou que o curtume, que conta com aproximadamente 300 funcionários, só está com a documentação pendente com a Semac (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, de Planejamento, de Ciência e de Tecnologia).

Protesto – Moradores apontaram o curtume Qually Peles como a principal responsável pelo mau cheiro. Eles dizem que a indústria lança restos de couro em um terreno baldio que fica ao lado da empresa.

Interdição começou no final da tarde (Foto: João Carrigó)
Cartaz expressa a interdição do curtume (Foto: João Carrigó)

A reclamação é unânime. A dona de casa Elenir Cavania, 39 anos, disse que até as roupas que vão para o varal ficam com cheiro ruim. Segundo o aposentado José Faustino, o cheiro é muito forte. “Pelo fato de aqui ser um núcleo industrial, existe o problema do mau cheiro, e a gente até tolera. Hoje, estamos fazendo um pedido de socorro, para pelo menos amenizar o problema”, pondera.

O dono da empresa Qually Peles, Jaime Valler, na semana passada, defendeu que o local não deveria ser residencial. “O núcleo deveria abrigar só indústrias e não ter moradias”, afirmou Valler.

Lamentando a situação, Valler disse que o problema é do poder público, que deveria construir um núcleo para empresas poluentes, e que a região não deveria permitir moradias no entorno.

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