Meio Ambiente

Revitalização promete resolver drama antigo no Parque das Nações

Paulo Nonato de Souza e Bruna Kaspary | 30/11/2017 10:26
O seceretário Jaime Elias Verruck durante o evento de assinatura da ordem de serviço para a revitalização do Parque das Nações Indígenas, nesta quinta-feira (Foto: André Bittar)
O seceretário Jaime Elias Verruck durante o evento de assinatura da ordem de serviço para a revitalização do Parque das Nações Indígenas, nesta quinta-feira (Foto: André Bittar)

A revitalização do Parque das Nações Indígenas promete resolver um antigo problema enfrentado pelos frequentadores desde a sua inauguração na década de 1990: banheiros em condições de uso. Isso tem sido um drama principalmente para quem não mora nos arredores do parque.

Nesta quinta-feira (30), o secretario Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Elias Verruck, assinou a ordem de serviço para a realização das obras de recuperação do parque com previsão de investimento de R$ 946.580,17 provenientes de compensação ambiental, uma espécie de indenização aos custos sociais e ambientais identificados em processos de licenciamentos.

“Os banheiros existem, mas estão depredados. Por isso não adianta reformar e pintar tudo se não tem segurança, porque aí os vândalos vão depredar. Os turistas ou quem é de Campo Grande e vem de bairros distantes estão sem alternativa de banheiros”, comentou a veterinária Rosane Mascarenhas, de 46 anos, enquanto caminhava na pista do parque.

Janela depredada de banheiro do Parque das Nações Indígenas (Foto: André Bittar)

De acordo com o cronograma de obras anunciado pelo secretário Jaime Verruck, a revitalização do parque envolverá os chamados núcleos de apoio básico, cinco no total. As prioridades incluem banheiros, quiosques, guaritas, recuperação de grades, instalações elétricas e substituição das atuais lâmpadas pela tecnologia de LED nas quadras poliesportivas.

“O investimento inicial seria de R$ 1,2 milhão, mas com o processo de licitação caiu para R$ 946,5 mil, e será um incentivo ao programa Adote o Parque das Nações Indígenas”, disse Jaime Verruck.

A intenção do Governo do Estado é fazer com o parque o que a prefeitura já faz em Campo Grande em relação as praças públicas que são adotadas por empresas e assumem sua conservação.

Segundo ele, a Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) já cuida da área de bosque do parque, a Águas Guariroba apresentou proposta para instalação de bebedouros, a Unimed propôs instalar centros de atividades físicas, e o Laboratório Sabin tem interesse em criar academias ao ar livre.

Com horário de funcionamento das 6h às 22h, de domingo a domingo, o Parque das Nações Indígenas, localizado entre as avenidas Afonso Pena e Antônio Maria Coelho, na área do Parque dos Poderes, recebe em média 2 mil pessoas de segunda a sexta-feira, e nos fins de semana a média sobe para 6 mil pessoas, revelam dados do Governo do Estado.

Sobre o desassoreamento do lago, Jaime Verruck disse que está prevista a retirada de areia de acordo com o que já é feito rotineiramente. Ele avalia que o problema só será resolvido quando a Prefeitura de Campo Grande concluir a obra de contenção de enchentes na região do córrego Segredo, parada desde 2016. “A gente faz um trabalho de enxugar gelo”, ressaltou ele.

Conforme informações da Prefeitura de Campo Grande, a obra compreende uma bacia de retenção (espécie de piscinão) com capacidade para 500 milhões de litros, que deve conter as enchentes. Além do piscinão, está prevista a instalação de uma travessia de drenagem na Avenida Mato Grosso para despejar, no córrego Réveillon, às águas pluviais que descem dos bairros Futurista, Jardim Veraneio e Vila Nascente.

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