Meio Ambiente

Projeto arrecada 37 mil litros de óleo e ensina alunos a consumo consciente

Caroline Maldonado | 03/09/2015 11:16
Escola Olyntho Manicini coletou 2,6 mil litros de óleo e foi premiada (Foto: Divulgação/USE)
Escola Olyntho Manicini coletou 2,6 mil litros de óleo e foi premiada (Foto: Divulgação/USE)

Iniciativa de um grupo de amigos, o projeto Papa Óleo coletou 37 mil litros de óleo em casas e escolas de Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande. Desde outubro de 2014, a USE (União Social Ecológica) incentiva a população a separar o óleo, com o qual é feito sabão, que volta para as escolas ou é vendido para manter o projeto.

A quantidade coletada pode parecer pequena em vista da população, mas com isso foram preservados 37 bilhões de litros de água, segundo o presidente da USE, Valdei José. “Cada litro de óleo descartado incorretamente contamina 1 milhão de litros de água”, explica.

A Escola Olyntho Manicini, que coletou o maior volume, 2,6 mil litros de óleo, foi premiada ontem (2). A direção ganhou um notebook e o aluno que mais entregou óleo ganhou uma bicicleta. O projeto foi lançado nas escolas em junho, durante a Semana do Meio Ambiente, com a participação de 12 escolas e hoje fazem parte 25 escolas.

A ideia do grupo é ampliar a ação, que tem ainda palestras e teatro nas escolas, de acordo com Valdei. “Começamos coletando nas residências, mas agora estamos incentivando os pais a deixarem os filhos levarem o óleo para a escola, para levar essa conscientização”, comenta.

Aluno entregou maior quantidade de óleo ganhou uma bicicleta (Foto: Divulgação/USE)

Valdei lembra que costumes como jogar o óleo pelo ralo da pia ou sobre a terra são os que mais prejudicam o meio ambiente, entre as ações domésticas. “As vezes, a dona de casa acha que está fazendo um bem enorme cavando e jogando o óleo no quintal e nós sabemos que o produto desce para o lençol freático e contamina da mesma forma. Então precisamos trabalhar nessa conscientização”, diz.

O óleo coletado pelo projeto vira sabão nas mãos de membros da associação e uma parte volta para a escola. Outra parte é vendida na feira do município e a renda ajuda manter as atividades. “Agora, estamos pleiteando um espaço com a prefeitura para poder ampliar a ação, pois com adesão desses alunos já conseguimos 6 mil litros por mês, então se aumentar esse número vai ter um impacto muito grande no meio ambiente”, destaca Valdei.

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